Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Gurgel, Glaucivan Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-03042024-144448/
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Resumo: |
Introdução - A dieta cetogênica (DC) tem sido utilizada como tratamento adjuvante da epilepsia fármaco resistente e tem se popularizado no manejo de outras doenças neurológicas e metabólicas (obesidade, diabetes e dislipidemias). Entretanto, também está associada a efeitos adversos que precisam ser melhor compreendidos. Objetivo - Avaliar o potencial efeito protetor de uma dieta cetogênica modificada (DCM), rica em ácidos graxos monoinsaturados (MUFAs) e ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs), e suplementada com ácido docosahexaenóico (DHA), sobre a neuroinflamação e o estresse oxidativo e suas repercussões no comportamento de ratos. Materiais e Métodos - Estudo experimental com 18 ratos Wistar, alocados em 3 grupos de 6 animais. No grupo da dieta padrão (DP), os animais consumiram dieta comercial. No grupo da dieta cetogênica clássica (DCC), os animais consumiram uma dieta rica em gorduras saturadas. No grupo DCM, os animais consumiram dieta rica em MUFAs e PUFAs e enriquecida com DHA. Após 100 dias de intervenção foram realizados testes comportamentais e, após a eutanásia, foram feitos extratos lipídico e aquoso do lobo frontal e do hipocampo para análise de ácidos graxos e parâmetros oxidativos e inflamatórios. Resultados - Os animais DCC apresentaram um comportamento mais ansioso que ao animas DP, segundo os testes de Labirinto em Cruz Elevado e Medo ao Contexto. O grupo DCC teve mais incorporação de ácidos graxos saturados (AGs) no lobo frontal e no hipocampo em relação ao DCM. O grupo DCM teve maior incorporação de PUFAs, com destaque para o aumento de DHA no hipocampo. As citocinas inflamatórias IL1-β e IL-6 tiveram menor concentração nos grupos DCM e DCC em relação ao grupo DP no lobo frontal, perfil semelhante ao observado com a IL-6 no hipocampo, e diferente da IL1-β que foi reduzida significativamente apenas no DCM. Não houve diferença da concentração da Neuroprotectina D (NPD) e da enzima antioxidante Superóxido Dismutase (SOD) entre os grupos. A LDLox teve menor concentração nos grupos DCC e DCM em relação ao DP. A enzima catalase (CAT) foi menor no grupo DCM em relação ao grupo DP. Conclusão - Embora a modulação da composição de ácidos graxos da DC possa ser promissora, uma vez que a DCC induziu a um estado mais ansioso, não foi possível explicar essa diferença pelas vias inflamatória e antioxidante avaliadas. |