Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Lovaine |
Orientador(a): |
Silveira, Themis Reverbel da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/12970
|
Resumo: |
Introdução: A doença celíaca (DC) é definida como enteropatia imune-mediada causada por uma permanente sensibilidade ao glúten em indivíduos geneticamente predispostos. O glúten está presente em cereais como trigo, centeio e cevada e deve ser excluído da alimentação pelo resto da vida. A avaliação da Qualidade de Vida (QV), neste contexto, assume crucial importância por ser uma forma de avaliar as conseqüências em longo prazo da doença e de seu tratamento na perspectiva da própria criança, além de ser um importante indicador de saúde global destes indivíduos. Objetivo: Avaliar a Qualidade de Vida de crianças com DC e comparar com controles pareados sem a doença. Sujeitos e Métodos: Estudo caso-controle onde foram incluídas 72 crianças: 24 celíacas (8 meninos) de 6 a 12 anos, em uso de dieta sem gluten por pelo menos 1 ano. Os celíacos foram recrutados através da Associação dos Celíacos do Brasil no Rio grande do Sul, nos ambulatórios de gastropediatria do Hospital de Clinicas de Porto Alegre e Hospital da Criança Santo Antonio. O grupo controle foi composto por 48 escolares pareados por sexo, idade atual, escolaridade da criança e materna. A Qualidade de Vida foi avaliada através da escala AUQUEI - Autoquestionnaire Enfant Imagé. Uma escala adaptada ao contexto pediátrico através de suporte de imagens, que engloba os domínios pertinentes a QV infantil, sob um enfoque subjetivo. Resultados: As crianças celíacas apresentaram melhores escores de QV que seus pares sem a doença. Os celíacos apresentaram escores mais elevados em 23 das 26 questões e em todos os domínios avaliados. A diferença entre os grupos incidiu na faixa etária de 6 até os 9 anos. Meninas celíacas apresentaram menores escores que os meninos. O perfil de respostas foi semelhante em ambos os grupos – maior escore nas atividades de lazer e recreação e menor escore quanto à autonomia e separação. Não houve diferença significativa entre tempo de aleitamento materno e idade de introdução do glúten na dieta. A família fazer a dieta junto com a criança celíaca não afetou os índices de QV. Conclusão: A DC esteve associada a uma melhor QV nas crianças avaliadas. Meninos celíacos e mais jovens apresentaram os maiores escores. Estes achados sugerem que a QV variou conforme as fases do desenvolvimento e quanto à experiência com a doença, o que nos leva a considerar que doenças crônicas que não cursem com incapacidade física podem não comprometer a QV de seus portadores ou até mesmo estar associadas à melhor QV em crianças. |