Formação continuada de professores dos anos iniciais : problematizando a BNCC, utilizando o ensino por investigação na abordagem da ciência e para o desenvolvimento de intelectuais reflexivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rodrigues, Marco Aurélio Torres
Orientador(a): Massoni, Neusa Teresinha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/252788
Resumo: A presente pesquisa buscou identificar, aplicar e analisar que caminhos uma formação continuada, voltada a professores e professoras dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, deve trilhar para auxiliá-los na interação com este novo mecanismo burocrático e normativo – a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), fomentando a (re)construção de suas aulas de Ciências da Natureza e promovendo a autonomia docente em busca do desenvolvimento de um professor reflexivo segundo Contreras (2002). O desenvolvimento da pesquisa ocorreu através de dois estudos. Como referencial metodológico, adotamos a pesquisa-ação na concepção de Lewin (1978). Assumimos como referencial teórico: i) a autonomia dos professores na visão de José Contreras (2002) e, ii) a alfabetização científica e o ensino por investigação na perspectiva de Lúcia Helena Sasseron (2008). As reflexões dos professores e professoras (nossos sujeitos de pesquisa) foram interpretadas a partir da estratégia da análise textual discursiva de Moraes e Galiazzi (2007). Na realização da revisão da literatura identificamos que muitos autores interpretaram a BNCC (BRASIL, 2017) como um currículo nacional, assim como apontam que o texto apresenta contradições quando analisamos exclusivamente o compromisso assumido em desenvolver a Alfabetização Científica e em relação às habilidades especificas de Ciências da Natureza para os Anos Iniciais do EF. Também como resultado da revisão, observamos que os professores e professoras generalistas têm dificuldades com conteúdos específicos de Ciências o que, de certa forma, justifica a priorização pelo desenvolvimento de outras disciplinas/temas no dia a dia da sala de aula. Outro apontamento importante foi que a maioria dos generalistas desconhece o que significa Alfabetização Científica e como aplicá-la aos alunos dos anos iniciais. O Estudo I, realizado entre 2018 e 2019 com docentes da rede municipal de Santana do Livramento, RS, revelou que a BNCC não estava sendo estudada nas escolas da região; que a compreensão da BNCC e seu papel era superficial e esporádica; que os docentes, nossos sujeitos de pesquisa, apresentavam lacunas na sua competência profissional em Ciências; que a Secretaria de Educação do Município, da óptica do professores, não estava oportunizando formação continuada em Ciências da Natureza e priorizava o ensino de Língua Portuguesa até o terceiro ano do EF, deixando Ciência em segundo plano. O Estudo II, realizado entre junho e novembro de 2021 através de uma formação continuada, contou com a participação de 15 professoras e um professor dos Anos Iniciais da rede pública municipal de Santana do Livramento, RS. Como uma possibilidade, adotamos estratégias do Ensino por Investigação, proporcionando vivências investigativas aos docentes no sentido de incentivá-los a replicar em suas aulas de Ciências. A pesquisa mostrou que o ensino por investigação na perspectiva de abordagem didática auxilia no planejamento de sequências capazes de abordar temas da unidade temática Matéria e Energia, torna os professores mais comprometidos e mais seguros para tratar objetos de conhecimento de Ciência e contribui com o desenvolvimento de professores intelectuais reflexivos.