Disputas hegemônicas contemporâneas na Educação Brasileira: conflitos ideológicos em torno da BNCC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gama, Silvana Malheiro do Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28590
Resumo: Partindo da constatação histórica de que conflitos ideológicos e disputas por hegemonia sempre estiveram presentes na trajetória da educação brasileira, buscamos, nesta tese, identificar e analisar os conflitos ideológicos em torno das concepções de currículo, por ocasião do processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular, no período de 2013 a 2017, bem como as disputas hegemônicas que caracterizam a educação brasileira naquele momento histórico. Para a contextualização da pesquisa, examinamos as principais disputas hegemônicas ocorridas na educação brasileira e as teorias em luta concorrencial no campo do currículo, no Brasil. Em seguida, debruçamo-nos especificamente sobre os conflitos ideológicos e as disputas por hegemonia, ocorridos no processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por meio do confronto entre dois agentes coletivos, a saber, o Movimento pela Base Nacional Comum e a Associação Nacional de Pós- Graduação e Pesquisa em Educação, tendo como principais referências teóricas os conceitos de ideologia e hegemonia em Antonio Gramsci e os conceitos de campo, habitus e capital em Pierre Bourdieu. Como metodologia de pesquisa, adotamos a abordagem da História do Tempo Presente, empregando como instrumentos a análise de documentos e do conteúdo de entrevistas. Nossas principais interpretações nos levam a concluir que a correlação de forças desigual em favor dos agentes corporativos e filantrópicos que investiram no empresariamento da educação pública, nas últimas décadas, e o consenso estabelecido com base em boa parte de seu ideário definiram uma visão hegemônica que ressalta o mérito e a necessidade de se adotar uma Base Nacional Comum Curricular no Brasil.