Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cás, Samira da |
Orientador(a): |
Mello, Elza Daniel de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/254476
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Resumo: |
Introdução: A adolescência é a faixa etária conhecida por diversas mudanças físicas e psicológicas. Tais mudanças são marcantes e caracterizadas pela transformação da rotina alimentar, que pode gerar proteção ou risco para transtornos alimentares, bem como, queda da qualidade de vida. Um dos transtornos, ainda sem critérios diagnósticos estabelecidos, que pode afetar os adolescentes é a Ortorexia Nervosa (ON). Esse fenômeno da ON na adolescência ocorre porque eles possuem muitas informações sobre alimentação e nutrição saudáveis, em diversos locais. Sendo assim, pesquisadores designaram esse novo transtorno alimentar cujo sintoma central é um foco obsessivo e inseguro em comer alimentos percebidos como saudáveis. Trata-se da preocupação com a qualidade da alimentação, e não com a quantidade em si. Objetivos: Determinar a prevalência da ON e sua relação com aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais em adolescentes do ensino médio de escolas particulares nas cidades de Porto Alegre, Cachoeira do Sul e Novo Hamburgo/RS. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com uma amostra de conveniência de estudantes do ensino médio privado. A ON foi avaliada usando o ORTO-15, a qualidade de vida (QV) pelo Pediatrics Quality of Life, o nível de atividade física pelo Questionário Internacional de Atividade Física, as questões sociais como classificação socioeconômica e pressão das mídias pelo questionário Atitudes Socioculturais em Relação à Aparência (SATAQ-3). Para avaliação da composição corporal foram coletados estadiamento puberal (autorrelato), peso, altura e circunferência da cintura. Resultados: Participaram da pesquisa 379 adolescentes, sendo 54,1% do sexo feminino e média de idade de 15,8±1,11 anos. A prevalência de ON foi de 73,6%. Indivíduos com sobrepeso tiveram maior prevalência de ON quando comparados àqueles sem excesso de peso (88,9% vs 70,3 %), representando um aumento de 27% na prevalência de ON (p<0,001). A análise do SATAQ-3 demonstrou associação com ON, sendo que a única variável que apresentou significância foi a “internalização geral dos padrões socialmente estabelecidos” (p =0,044), verificando-se que o aumento de um ponto nesse escore aumenta 1% a prevalência de ON. Em relação à QV, a QV total foi de 71,0 ± 12,5 em adolescentes com ON. Notou-se que a ON está associada significativamente com a dimensão física da QV, e com o escore total da QV. Alunos com ON têm um aumento, em média, de 4 pontos no escore da dimensão física e 3,2 pontos no escore total após o ajuste. Conclusões: Foi encontrada uma alta prevalência de ON. O sobrepeso e a internalização geral dos padrões socialmente estabelecidos foram as únicas variávias associadas significativamente. O estudo não demostrou associação entre a ON e a QVRS. |