Relações entre o tempo na tarefa de levantar-se de uma posição supina e características antropométricas em crianças e adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Villanueva Alonso, Martin Darío
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100139/tde-15122019-204915/
Resumo: O desempenho na tarefa de levantar-se do chão a partir de uma posição deitada em supinação (LS) pode ser considerado um importante marco no desenvolvimento motor, porém o conhecimento da relação entre o desempenho desta tarefa e as características antropométricas é limitada. O objetivo deste trabalho foi: a) verificar as relações entre o desempenho na tarefa de LS e as características antropométricas e b) examinar diferenças entre os sexos e faixas etárias durante a infância e a adolescência. Utilizando um delineamento transversal, participaram da pesquisa 397 jovens (45% meninas) espanhóis e brasileiros entre 3 e 17 anos (M= 9,13; DP= 3,79). Foram quantificados o tempo na tarefa LS, o Índice de Massa Corporal (IMC), a Relação Cintura/Quadril (RCQ), Relação Cintura/Estatura (RCE) e a idade cronológica. Em relação ao primeiro objetivo, os resultados da análise de Pearson demonstraram que a idade cronológica foi a variável com maior correlação com o desempenho na tarefa de LS na primeira infância; houve correlações estatisticamente significantes somente entre os meninos (r = -0,41; p < .05). A partir dos 5 anos de idade, o IMC apresentou os maiores valores de correlação com a tarefa de LS; sendo que dos 7 aos 9 anos de idade, correlações negativas foram encontradas entre as variáveis antropométricas mensuradas (IMC, RCQ e RCE) e a tarefa de LS em meninas (r= -0,28 a -0,47; p > .05). Na adolescência, a RCQ foi a variável com maior valor de correlação com o LS nos meninos (r= 0,21; p < .05), enquanto que a RCE foi a variável que apresentou valores mais elevados nas meninas (r = 0,20; p < .01). Finalmente, as análises de regressão múltiplas corroboraram que enquanto a idade diminuiu o tempo de LS na segunda infância, esta aumentou o tempo em meninas adolescentes. Em relação ao segundo objetivo, os resultados do ANOVA de dois fatores evidenciaram uma diminuição significante do tempo no desempenho do tempo de LS em todas as faixas etárias; entretanto, não foram encontradas diferenças significantes por sexo no tempo de LS durante a infância e adolescência. Concluiu-se que, a partir do começo da puberdade, as associações das características antropométricas com a tarefa de LS aumentam. Os valores negativos de correlação entre LS e o IMC na adolescência sugerem a necessidade de estudos adicionais que controlem o efeito da maturação biológica e sua interferência nas associações entre essas variáveis