Ecoa o grito da resistência que derrubou barreiras e tomou o que é nosso : dez anos de ações afirmativas na Ufrgs

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Priscila Goulart dos
Orientador(a): Bauer, Caroline Silveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/205441
Resumo: Esta pesquisa teve por objetivo central analisar os impactos das ações afirmativas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A política afirmativa foi implementada na universidade no ano de 2007 a partir da Decisão 134/2007 que instituiu o sistema de reserva de vagas a estudantes negras e negros e aquelas e aqueles oriundos de escolas públicas. A efetivação da política compunha a agenda de lutas do movimento negro em prol da democratização do ensino superior brasileiro como medida antirracista. Devido à abrangência das políticas afirmativas, foi determinado como objeto de análise o sistema de reserva de vagas a negras e negros em uma instituição pública de ensino superior. Por tratar-se de uma política recente instituída no Brasil no tempo presente, a história imediata nos possibilita que ao mesmo tempo sejamos participantes e reflexos do acontecimento. Utilizando a metodologia da história oral, este estudo analisou entrevistas de militantes do movimento negro do Rio Grande do Sul e professoras e professores negros da UFRGS, e também examinou fontes escritas: jornais do Movimento Negro Unificado (MNU) e Zero Hora; a revista negra porto-alegrense Tição; o livro comemorativo aos dez anos do MNU; teses e dissertações referentes às ações afirmativas da UFRGS produzidas na universidade no período de 2008 a 2018. Embora trate-se de uma política estatal recente, após dez anos de vigência do programa é possível ver e sentir mudanças na universidade ocasionadas pelo ingresso de estudantes negras e negros em maior número a partir do ano de 2008.