Racismo institucional na educação superior pública brasileira: análise das políticas de ação afirmativa de cotas de recorte Racial no IFRJ
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22948 |
Resumo: | Em um país estruturalmente racista, como é o Brasil, as Políticas de Ação Afirmativa (PAA) de Cotas de Recorte Racial apresentam-se enquanto uma forma de promover a equidade entre as populações branca e negra, dentre outras historicamente marginalizadas, na educação, principalmente nas Instituições de Educação Superior (IES) Públicas. Considerando que as PAA de cotas são uma conquista pautada predominantemente no protagonismo dos movimentos negros, o seu processo de implantação torna-se um desafio, já que ocorre em uma academia pautada nos valores de eurocentrismo, da branquitude e de meritocracia. Isso pode mitigar políticas institucionais, reduzindo o alcance delas. A presente pesquisa, portanto, realiza uma análise documental pautando-se, principalmente, em atas de reunião e resoluções do Conselho Superior (CONSUP) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Dessa forma, o estudo discutiu acerca da possível contribuição das PAA de cotas de recorte racial para a desconstrução do racismo institucional no ensino superior do IFRJ entre 2012 e 2022. Para além de focar nos conflitos entre pessoas, a pesquisa busca apresentar o embate entre projetos de sociedade. De um lado, a educação antirracista. De outro, o modelo eurocêntrico, branco e meritocrático. Os resultados da pesquisa apontam que, mesmo as IES comprometidas com relações raciais equânimes, podem mitigar a potência da luta antirracista. Porém, o ingresso das(os) alunas(os) negras(os) na academia, por sua vez, criam movimentos, que nem sempre podem ser contidos, ainda que invisibilizados em muitas ocasiões. Dentre os exemplos, a pesquisa destaca as ocupações estudantis no IFRJ, em 2016, que lutavam em favor da educação pública, gratuita e de qualidade, dentre outras causas. Tais ocupações tiveram o protagonismo de alunas(os) ingressantes via PAA de cotas. |