Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Souza, Karoline Gasque de |
Orientador(a): |
Othero, Gabriel de Ávila |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/235982
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Resumo: |
O objetivo desta dissertação é compreender como a construção com sintagma nominal sujeito adjacente ao pronome correferente é usada em português brasileiro. Em português brasileiro, a literatura acerca dessa construção tem o seu princípio em Pontes (1987), que, apoiada em Ross (1967), para o inglês, a considera como deslocamento à esquerda de sujeito, uma construção de tópico-comentário caracterizada por admitir a presença de um pronome-cópia e favorecer a pausa entre sintagma inicial e o pronome. Outros autores também seguem a mesma linha de Pontes (cf. Callou et al., 2002[1993]; Duarte, 1995; 2000; Britto, 1998; Moraes e Orsini, 2003; Duarte e Soares da Silva, 2016), porém há alguns que diferenciam as construções com deslocamento à esquerda de sujeito das construções com redobro de sujeito (cf. Costa, Duarte e Silva, 2004; Quarezemin, 2018; 2019) pautados especialmente na ausência de ruptura prosódica entre o sintagma sujeito e o pronome. Neste trabalho, investigamos as ocorrências da construção com sintagma nominal seguido imediatamente pelo pronome correferente encontradas em uma amostra de corpus de língua falada pelos aspectos prosódicos (presença ou ausência de pausa entre o sintagma nominal e o pronome), sintáticos e informacionais/discursivos. Os resultados das análises dos dados nos mostram que a construção é frequente e que, contrariando a literatura, a maioria das ocorrências não registra pausa entre o sintagma sujeito e o pronome. Ao contrapor as construções com pausa prosódica com as sem pausa, descobrimos que os referentes destas podem veicular informação nova e ser referentes não ativados no contexto discursivo, enquanto os referentes daquelas não podem. Diante disso, as construções com pausa se comportam como um deslocamento à esquerda de sujeito, ao passo que as sem pausa são inovadoras, por não ter obrigatoriamente propriedades de tópico, e precisam ser consideradas como uma possibilidade de manifestação do sujeito no português brasileiro atual, a duplicação de sujeito via pronome. |