Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Jaines, Katia Adriana Lins |
Orientador(a): |
Carvalho, Paulo Roberto Antonacci |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/199016
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A interrupção ou redução dos medicamentos sedativos e analgésicos, comumente empregados em pacientes submetidos à ventilação mecânica na Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrica (UTIP), frequentemente causa uma série de sinais e sintomas que caracterizam a Síndrome de Abstinência Iatrogênica (SAI). A sua identificação adequada e precoce pode ajudar os intensivistas a tratar melhor as crianças com esta condição. OBJETIVOS: Traduzir para a Língua Portuguesa e validar a utilização da Sophia Observation Withdrawal Symptoms Scale (SOS) para avaliação da SAI em crianças brasileiras de zero a dezesseis anos, internadas em UTIP do Hospital Universitário de Porto Alegre. PACIENTES E MÉTODOS: Estudo transversal observacional realizado com pacientes de zero a dezesseis anos admitidos em UTIP de hospital terciário, no período de 27 de julho de 2016 a 27 de janeiro de 2018, submetidos à ventilação mecânica (VM) por insuficiência respiratória aguda, em uso contínuo ou intermitente de opióides e/ou benzodiazepínicos por período igual ou maior que cinco dias. Foram observados e registrados em vídeo o comportamento e os sinais vitais dos pacientes incluídos que, posteriormente, foram analisados por dois observadores independentes, que os classificaram como abstinentes ou não, baseados apenas em conhecimento empírico. Na sequência, os observadores analisaram os registros em vídeo, pontuando e classificando os pacientes de acordo com as escalas SOS e Withdrawal Assessement Tool (WAT-1). Em etapa anterior do estudo, a escala SOS sofreu adaptação transcultural, com tradução para a Língua Portuguesa falada no Brasil, através do método de retrotradução. A escala SOS também foi avaliada quanto a sua reprodutibilidade por diferentes observadores através dos testes de concordância Bland & Altman e coeficiente Kappa, com intervalo de confiança de 95%. Também foram avaliadas sensibilidade e especificidade das escalas através da Curva ROC. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da instituição e foi solicitada concordância dos pais para participação dos pacientes no estudo. RESULTADOS: Foram admitidos 847 pacientes na UTIP no período avaliado, sendo que 45% utilizaram VM. Incluíram-se 63 pacientes para observação, filmagem e registro em vídeo, com um único registro em 30 e dois registros em 33 pacientes, totalizando 96 observações. A mediana de idade dos pacientes foi de 12 meses (0,5-136), com 71% do sexo masculino e 70% com doença respiratória aguda como causa de admissão, especialmente bronquiolite viral aguda (57%). Na avaliação de abstinência, houve concordância entre os observadores para a avaliação empírica, 74% (k=0,36; p <0,003); para a escala SOS, 79,2%, (k= 0,53; p <0,001) com ponto de corte ≥4; e, para a escala WAT-1,71,9%, (k= 0,23; p <0,003), com ponto de corte ≥ 3. Em relação à discriminação das escalas, observou-se uma AUC ROC de 0,92 (p<0,01) para a escala SOS e de 0,75 (p<0,05) para a escala WAT-1. CONCLUSÃO: A escala SOS demonstra ser um instrumento válido, confiável e de fácil aplicação em crianças brasileiras com SAI. Adicionalmente, mostrou-se superior à escala WAT-1 e à avaliação empírica. |