Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Souza, Renato Lucas Passos de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-09052022-100124/
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Resumo: |
Introdução: os opioides são a base do tratamento da dor em pacientes críticos. No entanto, a atenção recente aos seus efeitos adversos em unidade de terapia intensiva (UTI) levou ao uso de estratégias que visam diminuir os seus efeitos colaterais. Entre essas estratégias estão os protocolos de analgesia multimodal, que priorizam o manejo da dor e empregam uma combinação de diferentes analgésicos para poupar doses excessivas de opioides e sedativos em infusão contínua. Objetivo: Avaliar o impacto de um protocolo de analgesia multimodal nos desfechos clínicos e consumo de sedativos e analgésicos em duas Unidades de Terapia Intensiva. Métodos: Realizamos um estudo de coortes, de único centro, quasi-experimental, retrospectivo e prospectivo comparando desfechos clínicos e consumo de sedativos e analgésicos antes e depois da implementação de um protocolo de manejo multimodal da dor em pacientes adultos gravemente doentes. Foram incluídos 465 pacientes no ano de 2017 (no grupo pré-intervenção) e 1508 nos anos de 2018 e 2020 (grupo pós-intervenção). Resultados: Na análise do desfecho primário houve diminuição significante da mortalidade entre os anos 2017 e 2020 (27,7% - 21,7%, p=0,0134). Não houve diferença estatística no tempo de ventilação mecânica, taxas de mobilidade, taxa de infecção e incidência de traqueostomias. Os pacientes que receberam o protocolo de analgesia multimodal tiveram uma diminuição do consumo médio de fentanil de 24% e diminuição progressiva do consumo de equivalente de morfina oral (OME) (8,4 - 19%). Houve tendência crescente de utilização de analgésicos adjuvantes e morfina na analgesia preemptiva e terapêutica. Conclusão: A implementação de um protocolo multimodal de controle da dor reduziu a mortalidade e o uso de opioides em pacientes na UTI. |