Prevenção e tratamento da síndrome de abstinência em unidade de tratamento intensivo pediátrico : revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Klein, Kassiely
Orientador(a): Carvalho, Paulo Roberto Antonacci
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/250533
Resumo: Introdução: A Síndrome de Abstinência caracteriza-se pelo conjunto da desregulação autonômica, excitação do sistema nervoso central e sintomas gastrointestinais que ocorrem após a redução ou interrupção abrupta da infusão dos medicamentos sedo-analgésicos. Se não prevenida ou manejada corretamente, seu desfecho pode estar relacionado ao aumento do tempo de hospitalização, prolongamento do uso da ventilação mecânica e aumento da morbimortalidade. Objetivo: Conhecer as estratégias para prevenção e tratamento da Síndrome de Abstinência em crianças criticamente doentes. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática realizada nas bases de dados eletrônicas: MedLine, IBECS, Lilacs, SciELO e Cochrane Library. O protocolo da revisão sistemática foi catalogado no Registro Prospectivo Internacional da Base de Dados de Análises Sistemáticas sob o número CRD 42021274670. Resultados: Através dessa busca, foram elaborados dois artigos: “Prevenção e tratamento da Síndrome de Abstinência em unidade de tratamento intensivo pediátrico: protocolo de revisão sistemática” e “Estratégias para prevenção e tratamento da Síndrome de Abstinência em pacientes críticos pediátricos: revisão sistemática”. Nesta revisão foram incluídos onze artigos. Observou-se grande heterogeneidade entre os estudos incluídos, principalmente tratando-se de esquema terapêutico utilizado na sedação e analgesia: as doses de midazolam variaram de 0,05mg/kg/h a 0,3mg/kg/h; A morfina também variou consideravelmente, de 10mcg/kg/h a 30mcg/kg/hg entre os estudos. A escala mais utilizada para identificação da Síndrome de Abstinência foi a Sophia Observational Widrawal Symptoms Scale. Para a avaliação da sedação, as escalas mais utilizadas foram a COMFORT e a COMFORT-B, porém, o segundo é o instrumento mais adequado para aplicação na população pediátrica. Tanto o uso de protocolos como o uso de medicamentos para a prevenção e tratamento da Síndrome de Abstinência não repercutiu significativamente em sua incidência, sendo observado que apenas dois estudos apresentaram diferença estatística significativa (p<0,01 e p<0,001). Quanto à avalição de risco de viés, utilizaram-se as ferramentas: Rob 2.0, ROBINS-I, e o checklist para estudos de coorte. Os estudos apresentam grande risco de viés, especialmente tratando-se de seleção, desvio das intervenções e variáveis confundidoras. Conclusão: Observou-se grande variação entre o regime de sedoanalgesia utilizado entre os estudos e método de desmame e avaliação da Síndrome de Abstinência, não sendo possível evidenciar um padrão ouro para a prevenção e tratamento da Síndrome de Abstinência. São necessárias mais pesquisas para fornecer evidências mais robustas acerca do tratamento mais indicado para prevenção e redução da síndrome de abstinência em crianças criticamente doentes.