Correlação entre alterações cognitivas e alteração de deglutição nos indivíduos portadores da doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rodrigues, Diogo Mello
Orientador(a): Rieder, Carlos Roberto de Mello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/117012
Resumo: Base teórica: Os principais sintomas motores da doença de Parkinson, rigidez, bradicinesia e tremor com a progressão da doença, frequentemente são acompanhados por alteração da deglutição que compromete consideravelmente a alimentação dos indivíduos com a doença. A alteração de deglutição está presente na fase oral, faríngea e esofágica e traz consequências para o individuo com doença de Parkinson, como desnutrição, risco de aspiração pulmonar e pneumonia. Apesar da doença de Parkinson (DP) ser primariamente considerada um distúrbio do movimento, algumas características não-motoras são típicas da doença, como alterações cognitivas, distúrbios do sono e distúrbios sensoriais. Objetivo: Estudar a correlação entre as alterações cognitivas e as alterações de deglutição dos indivíduos com DP. Métodos: Trata-se de estudo do tipo transversal e descritivo. O estudo conta com dois grupos: grupo controle, formado por indivíduos saudáveis, (n=47) e grupo de estudo formado por indivíduos com DP (n=47). Para avaliação cognitiva, foi utilizada uma bateria de testes cognitivos, onde foram avaliadas funções como atenção, memória, planejamento, funções executivas, entre outras. Para avaliação de deglutição, foi utilizada avaliação clínica, com base em protocolo, sendo possível avaliar estruturas e a função da deglutição, a fim de classificar o grau de alteração. Resultados: Dos pacientes com DP, 56 % eram do sexo masculino com média de idade de 62,0 (±11,0), escolaridade de 7,0 (±4,0), tempo de diagnóstico de 10,0 (±5,0), Hoehn e Yahr 2 (55%) e Hoehn e Yahr 3 (45%). Para o grupo controle, 56% do sexo masculino com média de idade de 64,0 (±7,0) e escolaridade de 9,0 (±4,0). Na avaliação miofuncional da deglutição entre grupo de estudo e grupo controle, foram observadas diferenças significativas como: face assimétrica p=(0,00), bochechas assimétricas p=(0,00), hipotonia do lado esquerdo p=(0,00), alteração do mentual (p=0,00), hipotonia de língua p=(0,00), tosse p=0,03), engasgos (p=0,00), projeção de língua (p=0,00), projeção de cabeça p=(0,00), resíduos alimentares (p=0,00), contração o periorbicular (p=0,00), deglutição normal (p=0,00), disfagia leve (p=0,04), disfagia leve a moderada (p=0,02). Na comparação do desempenho cognitivo entre os grupos, observou-se significância estatística nos testes de fluência verbal categórico (p=0,00), Rey Verbal A (p=0,00), Rey verbal I (p=0,00), Rey Verbal R (p=0,00). Para a associação entre cognição e deglutição em indivíduos com doença de Parkinson, observou-se o resultado significativo entre Rey Verbal I e deglutição normal (p= 0,02). Conclusão: Os pacientes com DP possuem maiores alterações cognitivas e de deglutição comparados ao grupo controle e o estudo apontou a influência da memória imediata de curto prazo na deglutição, tendo participação importante no processo de deglutição. Também foi possível observar a correlação da idade, H&Y e tempo de evolução da doença na deglutição.