Relação entre queixa de dificuldade de deglutição e achados faríngeos em indivíduos com disfagia orofaríngea neurogênica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Bruna de Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235406
Resumo: Introdução: Em distintas doenças a queixa é fator determinante e pode contribuir como marcador para o rastreamento e diagnóstico precoces. Objetivo: Este estudo teve por objetivo relacionar a queixa de dificuldade de deglutição com achados faríngeos e comparar entre distintas doenças neurológicas em adultos. Método: Estudo clínico transversal observacional retrospectivo por amostra de conveniência. Para este estudo foram analisados 101 prontuários de indivíduos com doenças neurológicas, independente do sexo, idade ou tempo/estágio da doença, encaminhados a um Centro de Referência para o diagnóstico de disfagia orofaríngea. Foram excluídos os indivíduos com mais de uma etiologia de base, sem ambas avaliações clínica e videoendoscópica da deglutição e com ausência de queixas de deglutição. Foram incluídos 89 indivíduos com queixa de dificuldade de deglutição divididos em três grupos: grupo 1 composto por 40 indivíduos com Acidente Vascular Encefálico - AVE (G1), o grupo 2 por 30 indivíduos com Doença de Parkinson - DP (G2) e o grupo 3 composto por 19 indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica - ELA (G3). As queixas de dificuldade de deglutição foram categorizadas em comprometimento da eficiência (C1), da segurança (C2) de deglutição ou de ambos concomitantemente (C3). Realizada videoendoscopia de deglutição com protocolo do serviço por meio de consistências e volume dos alimentos padronizados. As categorias e os tipos de queixa de deglutição foram relacionados com os achados de escape oral posterior, resíduos faríngeos e penetração/aspiração laringotraqueal entre os grupos. Realizada análise estatística por meio do Teste Qui-Quadrado. Resultados: As queixas de dificuldade de deglutição foram mais frequentes na categoria C3 independente do grupo. A queixa mais frequente na C1 foi dificuldade com a consistência dos alimentos em todos os grupos, na C2 a queixa de engasgo foi a mais frequente em todos os grupos e a C3 apresentou maior frequência de “uma queixa por categoria” no G1 e o G2 foi frequente “mais de uma queixa por categoria”, em G3 “uma queixa por categoria” e “mais de uma queixa por categoria” apresentaram mesma frequência. Houve relação entre categorias da queixa e escape oral posterior em todos os grupos. Ao comparar as categorias entre os grupos com os achados faríngeos houve associação entre C1 e C3 nos grupos G1 e G3, entre C2 e C3 no G2 para EOP. Não houve relação entre tipos de queixa com os achados faríngeos. Conclusão: As queixas de dificuldades de deglutição nos indivíduos Pós-AVE, com Doença de Parkinson ou com Esclerose Lateral Amiotrófica e disfagia orofaríngea foram mais frequentes na eficiência e segurança da deglutição concomitantemente. O escape oral posterior foi o único achado faríngeo presente em todas as categorias de queixa independentemente do grupo. Não houve diferença na relação entre os tipos das queixas de dificuldade de deglutição com os achados faríngeos entre os grupos.