Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
De Toni, Miriam |
Orientador(a): |
Rosito, Tiago Elias |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/230670
|
Resumo: |
Introdução Desde 1998, é conduzido no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) o Programa de Transtorno de Identidade de Gênero (PROTIG), o pioneiro no Brasil e um dos principais na América Latina, completamente coberto pelo sistema de saúde público. Neste período 186 pacientes foram submetidos a cirurgia de redesignação sexual (CRS) masculino para feminino, com utilização de pele peniana invertida para criação do conduto vaginal. Alguns pacientes apresentaram complicações, tais como estenose do meato vaginal ou profundidade inadequada do conduto, sendo necessário tratamento cirúrgico corretivo, com uma técnica de reconstrução única, utilizando enxerto livre de pele total do abdômen inferior. Objetivo O objetivo deste estudo é avaliar os resultados cirúrgicos e funcionais das pacientes submetidos a vaginoplastias secundárias utilizando técnica com enxerto livre de pele total em malha. Materiais e métodos Foi realizada uma revisão retrospectiva dos pacientes submetidos à vaginoplastia secundária com uso de enxerto livre em malha de 2000 a 2017 no HCPA. Os dados demográficos, características cirúrgicas, complicações, satisfação pessoal e funcionalidade da neovagina foram avaliados. Resultados Foram analisados os pacientes operados entre janeiro de 2000 e dezembro de 2017 para vaginoplastia secundária, totalizando 35 pacientes. A média de idade dos pacientes submetidos a vaginoplastia secundária foi de 41,0 anos (37,0 a 50,5) e o tempo médio de realização entre a GAS e a vaginoplastia secundária foi de 6 meses (4-24). As complicações pós-operatórias mais frequentes foram: estenose do intróito da neovagina (22,9%), fístula retal (8,6 %), deiscência dos tecidos (2,9%) e fistula uretral (2,9%). Vinte e sete pacientes (77,1%%) pacientes em nossa série foram capazes de ter relações sexuais regulares e consideraram seu conduto vaginal funcionante. Satisfação pessoal subjetiva dos pacientes foi relatada por 77,1% da amostra. Conclusões A vaginoplastia secundária com utilização de enxerto abdominal livre em malha em pacientes previamente submetidos a CRS com inversão de pele peniana apresenta bons resultados e é uma opção funcional, de baixa complexidade e mínima morbidade em área doadora de tecido. |