O que "poucos sabem sentir" : a contribuição de António Aleixo para uma poética popular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bonatto, Karen Cristina
Orientador(a): Tettamanzy, Ana Lúcia Liberato
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/131637
Resumo: O poeta António Aleixo (1899 – 1949), cauteleiro, pastor de rebanhos, tecelão, cantor de feira, entre outras tantas profissões, é um poeta português digno da atenção de todos aqueles que se interessam por poesia. Apesar de pouco letrado, seus poemas possuíam uma sabedoria empírica. Através de sua experiência de vida, Aleixo criava as mais diversas quadras, que continham a "voz do povo". Durante a ditadura salazarista (que durou de meados de 1930 até a Revolução dos Cravos em 1974), Portugal passou por um período muito delicado, sofreu atrasos econômicos e sociais devido à visão ultrapassada de Salazar. Foi nessa época que Aleixo compôs seus poemas e, por ser um poeta popular, com repercussão mais contida, teve o privilégio de não ser barrado pela censura. O objetivo deste trabalho é analisar as quadras de Aleixo tendo em vista o contexto sócio-histórico-cultural em que o autor está inserido e a complexidade das relações que se dão entre os conceitos de cultura popular, tradição oral e identidade. Além disso, serão abordados os possíveis diálogos entre a obra de Aleixo e as de dois outros poetas portugueses: Gonçalo Annes Bandarra (1500 – 1556?) e Fernando Pessoa (1888 – 1935). O trabalho propõe ainda um diálogo com autores que refletem de forma crítica sobre as concepções e os estudos relativos à identidade e à cultura popular, como Renato Ortiz, Adolfo Colombres e Boaventura de Souza Santos.