Com Exu-Ogum, pelas encruzilhadas: corpo, ritmo e presença na poética de Ricardo Aleixo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Martinez, Vítor Ribeiro Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-03102022-113119/
Resumo: De 2010 a 2020, a obra poética de Ricardo Aleixo destaca-se por uma articulação entre meios, linguagens e sistemas simbólicos, marcadamente entre publicações e apresentações performáticas. Neste período, o surgimento de quatro livros inéditos e a aceitação deste itinerário poético pelo sistema literário tradicional foram refratados pela criação incessante de apresentações em que estes textos se recombinaram, fragmentaram e reconstruíram. Este processo é um indicativo de que, no sistema criativo de Aleixo, está em jogo uma forma particular de se conceber o literário, em suas origens, formas e métodos: isto que, nesta dissertação, foi balizado a partir do conceito afrodiaspórico de encruzilhada. O objetivo desta dissertação é, portanto, a partir de uma genealogia criativa como a de Ricardo Aleixo, buscar observar que tipos de pressupostos e que possíveis consequências estão em voga em uma concepção de literatura que não se basta como origem estável, campo de saber instituído ou sistema apartado do real, mas que se pretende como maneira de articular a origem sensível, dêitica e corporal desta forma de relação com o mundo. O atravessamento recíproco da experiência corporal, desta maneira, pelo eixo de constituição e movimentação da cultura, da enunciação e do signo será pensado como base para um fazer poético que não cessa de reinventar-se como atividade de dissenso com relação aos campos estético, político e cultural, e que se mostra como local privilegiado para se observar a literatura como uma atividade sempre em vias de se constituir