Padrão alimentar e excesso de peso de uma população adulta da cidade de Porto Alegre, RS, 2005

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Henn, Ruth Liane
Orientador(a): Fuchs, Sandra Cristina Pereira Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/7977
Resumo: O presente estudo teve como objetivo identificar um ou mais padrões de dieta e verificar sua associação com excesso de peso em uma amostra de indivíduos adultos de Porto Alegre. Para avaliar a dieta, desenvolveu-se um questionário de freqüência alimentar (QFA) composto por 135 itens alimentares. A validade relativa do questionário foi verificada comparando-o à média de dois inquéritos recordatórios de 24 horas. A comparação entre os métodos foi realizada através dos coeficientes de correlação de Pearson e da classificação dos indivíduos segundo as distribuições em quartis de energia e nutrientes de cada método. Após ajuste para energia total e deatenuação, a correlação média entre os métodos foi 0,43. Em média, 76% dos participantes foram classificados no mesmo quartil ou quartis adjacentes; e somente 4% foram classificados em quartis opostos. Com base nas informações obtidas com o QFA, realizou-se análise exploratória de fatores para identificar padrões alimentares. A associação entre os padrões e excesso de peso foi testada utilizando-se análise de regressão de Poisson modificada, ajustando-se para variáveis de confundimento. Seis padrões foram derivados e explicaram 40,2% da variância total na ingestão de alimentos. Os rótulos atribuídos foram de acordo com os alimentos que mais contribuíram para o padrão: “Fast-food”, “Alimentos light/diet”, “Vegetais e frutas”, “Carnes e vísceras”, “Camarão e oleaginosas” e “Feijão e arroz”. O ajuste na análise para fatores de confusão mostrou que o aumento de uma unidade no escore do padrão “Carnes e Vísceras” elevou em 24% a prevalência de excesso de peso. Adicionalmente, houve tendência à redução nesta taxa entre aqueles que seguiam os padrões “Camarão e Oleaginosas” e “Feijão e Arroz”. Concluindo, o QFA apresentou validade razoável, o padrão “Carnes e vísceras” foi preditor de excesso de peso, enquanto os padrões “Camarão e oleaginosas” e “Feijão e arroz” mostraram tendência à proteção.