Padrões da dieta e hipertensão em adultos e idosos de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Selem, Soraya Sant'Ana de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-03072012-091758/
Resumo: Introdução: A hipertensão, doença cardiovascular de alta prevalência, tem influência relevante na morbi-mortalidade da população, e a dieta é um de seus principais fatores de risco modificáveis. Objetivos: Verificar a validade da hipertensão auto-referida e a associação entre os padrões da dieta e a hipertensão auto-referida em residentes do município de São Paulo. Métodos: Foram utilizados dados do estudo transversal de base populacional ISA - Capital 2008, referentes à amostra probabilística de residentes do município de São Paulo com 20 anos ou mais, de ambos os sexos. A coleta de dados ocorreu em 2008 e 2010, por meio de duas visitas domiciliares e inquérito telefônico. Foram coletados dados socioeconômicos, antropométricos, de estilo de vida, inquérito alimentar, e a pressão arterial foi aferida. A validade da hipertensão auto-referida foi verificada pela sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP), valor preditivo negativo (VPN) e coeficiente kappa. Estimou-se o consumo alimentar por dois recordatórios de 24 horas, ajustando-se a variabilidade pelo Multiple Source Method. Os padrões da dieta foram obtidos pela análise fatorial por componentes principais. A regressão de Poisson foi utilizada para verificar as associações. Resultados: A sensibilidade da hipertensão auto-referida foi 71,1%, especificidade 80,5%, VPP 73,7%, VPN 78,5% e kappa 0,52. Índice de massa corporal (IMC) e escolaridade foram independentemente associados à sensibilidade (IMC 25 kg/m : RP=1,42; escolaridade 9 anos: RP=0,71). Foram obtidos três padrões da dieta: prudente, tradicional, e contemporâneo. Hipertensão, sexo, idade, renda, plano de saúde, cor da pele, consumo de bebida alcoólica e escolaridade associaram-se à aderência aos padrões da dieta. Os hipertensos apresentaram maior probabilidade de aderência ao padrão prudente e probabilidade menor de aderência ao padrão tradicional. Conclusões: A hipertensão auto-referida é válida na população estudada do município de São Paulo. Sobrepeso está positivamente associado à validade da hipertensão auto-referida, e escolaridade negativamente associada. A aderência aos padrões da dieta associou-se a hipertensão e a fatores demográficos, socioeconômicos, de estilo de vida, bem como à presença de plano de saúde. Esses resultados sugerem a existência de públicos-alvo para o planejamento e execução de políticas públicas em alimentação e nutrição para a prevenção e controle da hipertensão.