Efeitos da posição social da infância e da vida adulta na perda dentária, nas doenças crônicas e na qualidade de vida relacionada a saúde bucal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Vendrame, Édina
Orientador(a): Celeste, Roger Keller
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/151438
Resumo: Introdução: Dado que a trajetória socioeconômica pode influenciar na saúde individual durante a vida, nosso objetivo foi testar um modelo de efeitos socioeconômicos do curso de vida na perda dentária, doenças crônicas e qualidade de vida relacionada a saúde bucal. Método: Este estudo de base populacional (n=433) foi realizado em Porto Alegre entre 2010 e 2012 com os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) com 18 anos de idade ou mais. As variáveis observadas utilizadas foram: sexo, idade, fumo e número de dentes presentes. As variáveis latentes utilizadas foram Oral Health Impact Profile (OHIP), Posição Social na Infância (SESC), Posição Social na Vida Adulta (SESA) e Doença Crônica (CD). A análise estatística foi realizada utilizando-se o modelo de equações estruturais (SEM) com o software Mplus. No modelo final foram mantidas as associações significativas (p<0,30). Resultados: O modelo final apresentou um ajuste adequado: RMSA 0,039, CFI 0,972, TLI 0,969 e WRMR 1.199. O efeito da SESC na SESA foi forte β= 0,59 (p<0,01). O efeito direto da SESC na perda dentária foi β= -0,08 (p= 0,19), e nas doenças crônicas foi β= -0,14 (p= 0,10). O efeito direto da SESA na perda dentária foi β= -0,20 (p<0,01), e no OHIP foi β= -0,14 (p= 0,05). O efeito indireto de SESC na perda dentária foi β= -0,12 (p= 0,02), e no OHIP foi β= -0,14 (p= 0,01). O efeito indireto da SESA no OHIP foi β= -0,02 (p= 0.3). SESC tem um efeito indireto sobre OHIP e perda dentária via SESA, apoiando a teoria da cadeia de efeitos. SESC e SESA tem efeitos independentes na perda dentária, apoiando a teoria do acúmulo de risco. SESC tem um efeito direto nas doenças crônicas apoiando a teoria do período crítico. Conclusão: Investigações com base no curso de vida relacionada à saúde bucal usando SEM são necessárias para melhor compreender os mecanismos que ligam fatores sociais à saúde das pessoas causando inequidades.