Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Rossi, Rossana Cassanta |
Orientador(a): |
Garbin, Elisabete Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/11093
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Resumo: |
Esta Dissertação tem como objetivo desconstruir discursos acerca dos modos de ser jovem na contemporaneidade articulados ao consumo como prática social. Compreendo que é através das estratégias engendradas no âmbito da cultura do consumo que objetos, imagens, desejos, identidades, valores, modos de ser podem ser transformados em mercadorias: podem ser ‘adquiridos’, consumidos e por fim descartados. Tornam-se ‘objetos’ a serem usados e exibidos. Entre tantos artefatos que circulam e são produzidos nessa cultura de consumo, está o Caderno Patrola, encartado no jornal Zero Hora – jornal de maior circulação no Estado do Rio Grande do Sul. Assim, realizo uma leitura (entre tantas possíveis) a respeito de mídia, cultura de consumo e juventudes. De certa forma, é uma leitura que os Estudos Culturais, campo teórico no qual me movimento, possibilitam-me produzir. Para que esta Dissertação pudesse ser construída tal como está, o corpus de pesquisa se constituiu de diferentes materiais, a saber: seleção de edições do Caderno Patrola, pesquisas em diversos sites, incursões em comunidades virtuais do orkut e em blogs,, conversas com jovens leitores do Caderno através do Messenger e e-mails com a editora do Caderno. Nas análises, trago algumas reflexões a respeito dos modos de endereçamento do Caderno Patrola, discutindo algumas das estratégias do Caderno para interpelar os sujeitos jovens para suas páginas, bem como para convidá-los a consumir produtos que ‘anuncia’. Ainda, analiso o modo como os discursos do Caderno Patrola não apenas sugerem objetos de consumo que podem constituir certos modos de ser jovem, como também podem ensinar o que consumir para ‘possuir’ tais modos, para, assim, adotarse as ditas posições desejáveis de ser jovem. A partir das problematizações realizadas no decorrer do estudo acerca do Caderno Patrola, é possível compreender como se investe no promissor mercado jovem, não só fabricando produtos para eles como também transformando os produtos fabricados pelos jovens em algo rentável. Além disso, é possível constatar como as próprias culturas juvenis se tornam um produto, uma vez que muitos desejam ser, estar, permanecer jovem e, por isso, passam a consumir produtos ditos pertencentes a elas. Assim, através do potencial pedagógico do Caderno, procuro entender algumas das configurações da cultura de consumo, como somos produzidos nessa condição cultural e de que modo o Caderno, como um artefato dessa cultura, apresenta-se articulado a ela. |