Clonagem de nogueira-pecã : micropropagação e miniestaquia como alternativas para produção de porta-enxertos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Hilgert, Marcio Alberto
Orientador(a): Fior, Claudimar Sidnei
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/262558
Resumo: Carya illinoinensis (Wangenh) K. Koch, conhecida popularmente como nogueira-pecã, é uma espécie frutífera e florestal decídua, pertencente à família Juglandaceae. A produção comercial de mudas da espécie é realizada por meio da enxertia, porém, frequentemente utilizam-se sementes como via para produção dos porta-enxertos e, consequentemente, gera variabilidade entre plantas. Desta forma, um dos principais entraves da produção de mudas em viveiros está atrelado à dificuldade de uniformização e redução de variabilidade dos porta-enxertos. Portanto, objetivou-se neste estudo testar a micropropagação e a miniestaquia de nogueira-pecã, desenvolvendo protocolos para clonagem, visando a obtenção de plantas uniformes de porta-enxertos da espécie. Na micropropagação foi verificada a influência de agentes desinfestastes na assepsia do material propagativo em conjunto com o estiolamento do material, assim como adequação de composição de meio de cultura, concentração de citocinina na proliferação, e auxina no enraizamento in vitro, além do resgate de material de plantas adultas via brotações oriundas de segmentos de ramo sem e com suplementação de frio de 360 h a 4± 2 °C. Em relação à miniestaquia, foi testado o efeito de doses de adubação nitrogenada em minicepas, além da seleção precoce de genótipos, com origem seminal de quatro cultivares da espécie. Na micropropagação, o uso de estiolamento de matrizes de nogueira-pecã acarretou, em conjunto com agentes de assepsia, a redução de fungos e, em menor proporção, a contaminação bacteriana, sendo controlado com o uso de Plant Preservative Mixture. Em relação ao meio de cultura, a concentração de sais ocasionou diferenças em relação às variáveis avaliadas, no qual o meio de cultura DKW proporcionou resultados superiores, além de melhor desenvolvimento dos explantes. O uso de reguladores de crescimento também demonstrou ser essencial no cultivo in vitro. No resgate de material de plantas adultas, segmentos de ramo com menor diâmetro possuem baixa necessidade de suplementação de frio, ao contrário de segmentos com maior diâmetro, entretanto estes são mais indicados para o uso do cultivo in vitro da espécie devido à característica juvenil das brotações mais próximas a base. Também foi verificada a influência das diferentes épocas de coleta do material propagativo, assim como efeito positivo da adubação nitrogenada de minicepas. Genótipos de nogueira-pecã diferiram em relação à produção e enraizamento de miniestacas, assim como em relação à época de coleta. Por meio das épocas de coleta foi possível selecionar genótipos com resultados superiores, em relação à média geral, para as variáveis analisadas em quatro épocas de coleta, possibilitando o incremento posterior na taxa de multiplicação da espécie. Os resultados demonstraram a possibilidade de clonagem de C. illinoinensis, via micropropagação e miniestaquia, sendo uma alternativa de propagação de porta-enxertos da espécie.