Aprendizados de um corpo-escuta : branquitude e cisheteronormatividade na formação em Psicologia Social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Toebe, Sharyel Barbosa
Orientador(a): Rodrigues, Luciana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276461
Resumo: Nesta pesquisa propomos discutir, reconhecer, expor e tensionar a branquitude e a cisheteronormatividade constituintes da escuta e da formação em psicologia, mais especificamente, no campo da psicologia social. Para tanto, construímos um percurso teórico metodológico a partir da composição entre a metodologia da cartagrafia (Bruna Battistelli, 2017) em diálogo com os conceitos da conversação, contar histórias e pedagogia engajada (bell hooks, 2020, 2013). Portanto, contamos histórias do cotidiano da formação em pós-graduação no campo da psicologia, que inclui aulas, grupo de pesquisa, bancas de qualificação e defesa, assembleias, relações de orientação. Junto a isso, utilizamos também a conversação (Battistelli, 2022; hooks, 2020) e trocas de cartas com 6 pessoas psicólogas brancas que, no momento da pesquisa, estavam cursando mestrado ou doutorado em um programa de pós-graduação do campo da psicologia - todas cisgêneras, cinco mulheres e um homem, quatro de um mesmo Programa de Pós-Graduação do sul do país e duas de outro do sudeste. Essas histórias são contadas à Clara, uma personagem fictícia, que tem as mesmas características que as pessoas convidadas a participar dessa pesquisa. Nos diálogos com Clara, são contadas histórias para discutir conceitos importantes para reconhecer a branquitude e a cisheteronormatividade que constituem a escuta, como: supremacia branca, fragilidade branca, privilégio branco, feminismo branco, cisgeneridade compulsória. A partir desse reconhecimento, buscamos contribuir para a pluriversidade de relações que ampliem as possibilidades de nossa escuta, aliançadas com as lutas contracoloniais, mantendo sempre próxima à questão: Como é posível não nos furtamos de habitar o desconforto - como lugar de enfrentaento - diante das próprias ações, e as ações de pessoas próximas, pautadas na supremacia branca e na cisheteronormatividade?