Avaliação, impacto e rastreamento de sintomas depressivos em serviços de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Costa, Liciane da Silva
Orientador(a): Fleck, Marcelo Pio de Almeida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/26928
Resumo: Introdução: Os sintomas depressivos são prevalentes e responsáveis por intensos prejuízos psicossociais e econômicos na atualidade. Apesar de representarem uma das maiores causas de morbidade mundial, ainda encontramos o sub-diagnóstico como padrão em serviços clínicos ambulatoriais ou de atenção básica. Tal realidade dificulta os encaminhamentos precoces e tratamentos adequados para este fim. Objetivos: Identificar a presença de sintomas depressivos em pacientes ambulatoriais clínicos de um Hospital Geral e a associação destes com usos de recursos de saúde. Descrever o perfil sócio-demográfico destes pacientes e avaliar as associações entre os escores de depressão e usos de recursos de saúde ao longo de aproximadamente um ano de seguimento (artigo 1). Avaliar se os desempenhos dos instrumentos Inventário de Depressão de Beck (BDI), Escala de Depressão em Hospital Geral (EDHG) e Instrumento de Qualidade de Vida Whoqol-bref, variam conforme formato de aplicação (presencial ou por telefone) (artigo 2). Métodos: Em um delineamento de coorte prospectivo e naturalístico (artigo 1) foram convidados a participar do estudo 189 pacientes clínicos do serviço de Medicina Interna do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram aplicados o Inventário de Depressão de Beck (BDI), Escala de Depressão em Hospital Geral (EDHG) e questionário de Usos de recursos de Saúde, no tempo 1 (baseline) e 14 meses depois (seguimento). Avaliamos a prevalência de sintomas depressivos em pacientes ambulatoriais clínicos e a relação destes com utilização de recursos de saúde ao longo do seguimento. O segundo artigo refere-se a um experimento não-controlado realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS) Santa Cecília, em Porto Alegre. Para estes participantes (380) foram aplicados os mesmos instrumentos do estudo 1, aliado ao Whoqol-bref, em formato teste-reteste (7 dias de intervalo), em 4 grupos de aplicação (presencial e por telefone). Avaliamos, assim, se instrumentos que mensuram sintomas depressivos e qualidade de vida variam seu desempenho quando aplicados por telefone, neste serviço. Resultados: Foi encontrada associação significativa entre sintomas depressivos e uso de recursos de saúde, entre eles atendimento em saúde mental, adesão ao tratamento, tratamento atual em serviço de saúde mental e uso de psicofármacos (Artigo 1). No segundo artigo, o desempenho das escalas foi invariável nos diferentes grupos de aplicação (presencial e por telefone), quando comparados, mantendo altos valores significativos de correlação (todos acima de 0,9). Conclusão: Houve prevalência elevada de sintomas depressivos em serviço ambulatorial e associações significativas em relação aos recursos de saúde utilizados. O subdiagnóstico é, ainda, padrão nestes serviços. Assim, as escalas de rastreamento e o uso do telefone podem ser meios acessíveis e viáveis para este fim.