O impacto das doenças inflamatórias intestinais na qualidade de vida, ansiedade e depressão : avaliação através dos questionários Inflammatory Bowel Disease Questionnaire (IBDQ), Short Form Health Survey (SF-36) e Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS)

• Ano de defesa: 2011
• Autor(a) principal: Calixto, Raquel Pellizzari
• Orientador(a): Francesconi, Carlos Fernando de Magalhães
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Doenças inflamatórias intestinais; Qualidade de vida; Ansiedade; Depressão; Inquéritos e questionários
• Palavras-chave em Inglês: Inflammatory bowel disease; Quality of life; Anxiety; Depression
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/259810

INTRODUÇÃO: As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são constituídas principalmente pela Retocolite Ulcerativa e pela Doença de Crohn; são mais prevalentes entre 20 e 40 anos de idade. São caracterizadas por processo inflamatório crônico, sendo as suas principais manifestações clínicas dor abdominal e diarreia. São doenças que podem afetar a qualidade de vida dos pacientes e causam com frequência ansiedade e depressão em seus portadores. Para avaliação da qualidade de vida em pacientes com doença inflamatória intestinal podem ser utilizados questionários doença-específicos Inflammatory Bowel Disease, bem como questionários genéricos multidimensionais como o Short Form Health Survey 36, que mede a qualidade de vida em oito domínios. O questionário Hospital Anxiety and Depression Scale, com 14 questões, dividido em duas sub-escalas, tem sido utilizado para avaliação de ansiedade e depressão. Todos estes questionários são validados para a língua portuguesa.OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida de pacientes com doença inflamatória intestinal através do questionário Inflammatory Bowel Disease Questionnaire (IBDQ). METODOLOGIA: Estudo transversal, com questionários auto- aplicáveis, aprovado pelo CEP do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (09-091). Para um nível de significância de 5%, obteve-se um total mínimo de 113 pacientes com o diagnóstico de DII. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram aplicados três questionários, dois de qualidade de vida (IBDQ e SF-36) e um de ansiedade e depressão (HADS). RESULTADOS: 120 pacientes participaram do estudo, com média de idade de 41 anos. 70 (58,3%) eram do sexo feminino, 69 eram portadores de DC. Não houve baixos escores de qualidade de vida através dos domínios do IBDQ, sintomas intestinais (52 ± 12,7), sintomas sistêmicos (23,3 ± 7,0), aspectos sociais (26 ± 8,5) e aspectos emocionais (56,3 ± 18,1). O SF-36, mostrou baixos escores em limitações físicas (47,2 ± 42,4) e aspectos emocionais (49,8 ± 43,4); o HADS:apresentou uma média de 9,5 ± 2,7 para ansiedade e 8,7 ± 2,0 para depressão. CONCLUSÃO: o instrumento IBDQ mostra que os pacientes apresentaram boa qualidade de vida, não havendo diferença entre os pacientes com DC e RCU; somente os domínios limitações físicas e aspectos emocionais se mostraram afetados quando se avaliou qualidade de vida pelo SF-36; os escores do instrumento HADS sugerem que as DII estejam associadas a níveis leves de ansiedade e depressão.