Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Torres, Louise |
Orientador(a): |
Álvares-da-Silva, Mário Reis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
spa |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/240301
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Resumo: |
Introdução: A doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA) é a principal causa de hepatopatia crônica, afetando de 20 a 30% da população mundial. A fibrose hepática é importante marcador prognóstico da doença, assim como da indicação de seu tratamento. A biópsia, embora padrão na avaliação da fibrose, é um procedimento invasivo, com riscos inerentes. Assim, métodos não-invasivos (MNI) foram desenvolvidos e são úteis na DHGNA, como o Non-Alcoholic Fatty Liver Disease Fibrosis Score (NFS) o Fibrosis-4 Score (FIB-4), aplicáveis de forma sequencial com outros métodos, como a elastografia. A elastografia por ressonância magnética (ERM) tem a maior acurácia dentre os MNI para avaliar fibrose, entretanto não está amplamente disponível e é cara. Está indicada quando NFS e FIB-4 não excluem fibrose avançada, mas não raro a ERM é normal nesses casos. Considerando a prevalência da DGHNA e o custo da ERM, avaliar novos pontos de corte pode ser útil. Objetivo: Determinar os pontos de corte do NFS e do FIB-4 que melhor identificam pacientes com DHGNA em risco de fibrose hepática, desde os estágios mais iniciais, utilizando como padrão a ERM. Métodos: Estudo unicêntrico, transversal e prospectivo em pacientes adultos submetidos à ERM para avaliar DHGNA. Foi realizada a avaliação de esteatose e fibrose hepáticas por imagem, além do cálculo do NFS e FIB-4, comparando-os aos resultados obtidos pela ERM. Resultados: Foram incluídos 183 pacientes, 50,3% mulheres, com média de idade de 52,9 ± 12,4 anos. Dos pacientes incluídos, 60,1% apresentavam esteatose leve, 19,7% moderada e 20,2% acentuada. Além disso, 11,5% apresentavam fibrose hepática ≥ F1 e 5,5% fibrose avançada (F3-F4) pela ERM. Curvas ROC foram desenvolvidas para NFS e FIB-4, com áreas sob a curva ROC (AUROC, IC de 95%) de 0,938 (0,891–0,984) e 0,948 (0,892–1,000), respectivamente. Novos pontos de corte foram escolhidos para NFS [-0,835 (S = 100% e E = 70%)] e FIB-4 [1,505 (S = 85% e E = 86%)], com maior 2 especificidade que os pontos de corte atualmente utilizados para a indicação de ERM (51% e 76%, respectivamente). Quando utilizados em conjunto, a acurácia dos novos pontos de corte foi de 91%. Conclusão: NFS e FIB-4 são ferramentas úteis para indicar o prosseguimento da avaliação hepática com ERM na DHGNA. Este estudo sugere novos pontos de corte com maior especificidade e excelente sensibilidade para a seleção de pacientes que teriam benefício na realização deste exame, ainda pouco disponível na prática clínica. |