Avaliação de elastina na doença hepática gordurosa não alcoólica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Leite, Carine
Orientador(a): Cerski, Carlos Thadeu Schmidt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202743
Resumo: Introdução: a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) afeta 25,24% da população mundial. A obesidade é o principal fator de risco. A perda de peso expressiva através de cirurgia bariátrica pode melhorar ou reverter a esteatose, inflamação e fibrose hepática. Em processos fibrogênicos há aumento do depósito de fibras elásticas na matriz extracelular. O aumento da elastina tem sido associado a pior prognóstico entre portadores de hepatopatia crônica. Não sabemos se o grau de fibrose hepática está diretamente relacionado à densidade de fibras elásticas. Também não há estudo prévio avaliando se há redução na quantificação dessas fibras durante o processo de reversão de DHGNA. Objetivos: quantificar fibras elásticas em diferentes graus de fibrose hepática; avaliar densidade de fibras elásticas em biópsia hepática de pacientes obesos com DHGNA e comparar com um ano de pós-operatório de cirurgia bariátrica. Métodos: realizados dois estudos, o primeiro transversal, compreendendo indivíduos portadores de vírus C, apresentando diferentes graus de fibrose hepática em biópsias efetuadas entre 2011-2017; o segundo, corte retrospectiva de indivíduos portadores de DHGNA submetidos à cirurgia bariátrica entre março de 2016 e junho de 2017. Ambos grupos provenientes de nossa instituição (Hospital de Clínicas de Porto Alegre). Os fragmentos hepáticos foram analisados histologicamente através das colorações hematoxilina-eosina e picrosírius para avaliação histológica de Metavir e Brunt, e com orceína, para análise digital morfométrica através do ImageJ®, para avaliar fibras elásticas. A quantificação foi realizada por densidade integrada corrigida. Resultados: vinte e sete pacientes com vírus C foram avaliados. A densidade de fibras elásticas foi maior em fibrose avançada e houve correlação positiva com escore de Metavir (Spearman r=0,609, p<0,001). Trinta e sete pacientes submetidos à cirurgia bariátrica foram inclusos no segundo estudo. Índice de massa corporal, marcadores metabólicos, escore NAS e fibrose melhoraram significativamente após um ano do 2 procedimento. A densidade de fibras elásticas reduziu significativamente: 239,3×10³ absorbância-micrômetro² (141,08 – 645,32) para 74,62 ×10³ absorbância-micrômetro² (57,42 – 145,17), p=0.007. Conclusões: a deposição de elastina acompanha a progressão da fibrose e reverte em obesos portadores de DHGNA submetidos à cirurgia bariátrica.