Papel dos microRNAs (miR-122, miR-29a, miR-21, miR-155 e miR-181a) na expressão fenotípica da doença hepática gordurosa não alcoólica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lima, Rodrigo Vieira Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-01022023-091321/
Resumo: Introdução: A Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica (DHGNA) abrange um largo espectro de doença, podendo se apresentar como esteatose simples, esteato-hepatite não alcoólica (EHNA), cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC). A biópsia hepática ainda é o padrão-ouro para avaliação de fibrose. Há necessidade de se buscar marcadores não invasivos de fibrose e que também possam ser eficientes em predizer a evolução para EHNA, cirrose e CHC. Sua evolução é influenciada por fatores ambientais, genéticos e epigenéticos. Os microRNAs são biomarcadores em potencial que podem influenciar na evolução da DHGNA por diversas vias e atuando em diferentes mecanismos envolvidos em sua patogênese. Objetivos: Avaliar o papel dos microRNAs miR-21, miR-29a, miR-122, miR-155 e miR-181a na expressão fenotípica da DHGNA, correlacionando seus níveis séricos com os diversos estágios da doença. Métodos: Estudo transversal realizado em 108 pacientes com DHGNA diagnosticados por biópsia hepática. Na análise histológica foram avaliados os graus de fibrose e NAFLD activity score (NAS). Foram calculados o FIB-4 e o NAFLD fibrosis score e comparados com o grau de fibrose pela biópsia. A expressão de microRNAs foi testada por qPCR. A comparação entre as distribuições dos valores de microRNA de acordo com a presença ou ausência de fibrose clinicamente significativa (F2-4) foi realizada pelo teste de Mann- Whitney. As correlações entre os parâmetros foram determinadas pela correlação de Spearman. A expressão sérica de microRNAs também foi comparada com o NAS da biópsia e com parâmetros clínicos e laboratoriais coletados no momento da biópsia. Uma análise de regressão logística multivariada foi realizada para construção de um escore para a predição de fibrose utilizando o FIB-4 e o [Ln(miRNA-181a)] como variáveis independentes. Resultados: Fibrose clinicamente significativa (F2-F4) foi presente em 42,6% (46/108) dos casos. Não houve correlação entre os níveis séricos dos microRNAs miR-21, miR-29a, miR-122 e miR-155 com os graus de fibrose determinados por biópsia hepática. Por outro lado, o miRNA-181a apresentou diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos (p=0,017). O FIB-4 mostrou uma AUC na curva ROC de 0,667 para predizer fibrose clinicamente significativa (F2-F4). Quando avaliado por meio do escore em associação com o Ln(miR-181a), houve melhora da curva ROC, com AUC de 0,71. Não houve correlação entre os níveis séricos dos microRNAs miR-21, miR-29a, miR-122, miR-155 e miR-181a com os graus de atividade inflamatória avaliados pelo NAS. Houve uma correlação fraca, porém com significância estatística (p<0,05), entre o miR-122 e os níveis séricos de alanino aminotransferase [ALT (r=0,238)] e gama glutamil transferase [-GT (r=0,261)]. Conclusão: O miR-181a pode ser utilizado como método não invasivo de predição de fibrose na DHGNA, sendo que a associação de biomarcadores tem potencial para aumentar a acurácia de cada método isoladamente. A validação desses achados torna-se necessária em outras populações, uma vez que podem ter impacto no manejo de pacientes com DHGNA