O ensino hacker : o digital divide e o professor como inventor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mizusaki, Lucas Eishi Pimentel
Orientador(a): Barone, Dante Augusto Couto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/223013
Resumo: As Tecnologias da Informação e Comunicação se tornaram uma infraestrutura vital, gerando uma nova forma de desigualdade socioeconômica, pois quem não tem acesso a elas, ou ao conhecimento de como operá-las, não tem acesso a toda uma dimensão de fazeres. Para a educação, em especial, isso se torna um problema, pois, se, por um lado, passa-se a educar por meio delas, também deve-se educar para elas para uma Sociedade da Informação, na qual saberes específicos sobre essas máquinas são competências essenciais. Mas a tecnologia é uma caixa-preta, inescrutável para seus usuários, e também não é um elemento passivo, conformando e entrando nos fazeres, ameaçando a autonomia de seus usuários ao mesmo tempo em que abre possibilidades para novidades e imprevistos. O usuário também adiciona uma grande dose de criatividade e imprevisibilidade no seus usos. Dessa forma, é necessário criar modos para se entender como se aprende sobre e pela a tecnologia, relacionando a cognição e a invenção com a arregimentação de elementos e fenômenos diversos. Essa tese tenta lançar uma luz a esse fenômeno por meio da epistemologia genética de Piaget com as observações de Latour sobre a mediação técnica. Com isso, pretende-se propor uma cognição estendida pela tecnologia, de modo a repensar o papel do professor nessa Sociedade da Informação como sendo de um inventor, ou mesmo um hacker, que busca expressar o seu fazer pedagógico em uma educação cada vez mais intimamente intermediada pelas máquinas. Além dessas observações teóricas, propõe-se o uso de entrevistas para se observar as percepções dos próprios professores sobre os seus fazeres, de modo a compreender suas compreensões sobre a tecnologia que utilizam.