Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Machado, Dimitrius Gonçalves |
Orientador(a): |
Wortmann, Maria Lúcia Castagna |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213054
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo compreender a emergência de um modo de categorização do sujeito indisciplinado presente na discursividade da autoajuda que transborda, circula e interpela a Educação atualmente. Sem intentar analisar as práticas disciplinares ou mesmo buscar soluções para a indisciplina em sala de aula, invoca-se os Estudos Culturais e os estudos foucaultianos para examinar essa questão cada vez mais presente no mundo atual: a necessidade de saber governar a si mesmo de determinada maneira e como a literatura de autoajuda busca prescrever formas de solução nessa problemática do governamento de si e dos outros, bem como vem abordando o indisciplinado escolar. Busco dar especial importância ao processo e aos procedimentos metodológicos na construção deste estudo, tomando a artesania da pesquisa parte permanente da discussão. Focalizando quatro obras de Augusto Cury, tomadas como um ponto de circulação de discursividades presentes na questão central dessa pesquisa: a produção de regimes de verdade sobre o sistema escolar e a necessidade de sermos protagonistas de nossa própria história, superando dificuldades e transformando a si mesmo por meio da gestão e disciplinamento de si. Reconhece-se, a partir das análises conduzidas duas formas atuais de estratificar o indivíduo indisciplinado na escola: indisciplinado patológico e indisciplinado incompetente. Ressalto que de acordo com o decorrer da pesquisa, vi a necessidade, como me referi aqui, de um deslocamento do sujeito para o indivíduo como parte da analítica desenvolvida. O indisciplinado patológico é produzido diante de uma patologia social, principalmente um excesso de informação, que prejudica o pensamento dos estudantes, cabe à escola distribuir ferramentas para que cada aluno torne-se apto a fazer uma gestão da emoção do próprio Eu. Patologia social, cura educacional. O indisciplinado incompetente é um incapaz de aprender as habilidades e competências necessárias para competir e ter sucesso no seu projeto de vida. No seu futuro, todo o fracasso íntimo e profissional, suas angústias, suas doenças psicológicas, seu desemprego, a precaridade de sua vida terá apenas um responsável e culpado: ele mesmo. |