Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Catharina da Cunha |
Orientador(a): |
Meyer, Dagmar Elisabeth Estermann |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/202377
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Resumo: |
Esta tese se situa no campo dos Estudos de Gênero e dos Estudos Foucaultianos e coloca em discussão o exercício da docência na Educação Infantil, realizado em escolas públicas e na periferia urbana. O movimento teórico-metodológico toma como ponto de partida o entrelaçamento entre gênero e governamentalidade neoliberal, para examinar o tempo presente e os investimentos que se faz sobre a docência neste contexto. O corpus empírico analisado emerge da conversa com professoras da rede municipal de ensino de Porto Alegre/RS, atuantes na Educação Infantil. Os ditos das docentes são analisados e permitem discutir como uma determinada noção de bem-estar infantil informa as professoras e as posiciona como sujeitos que enunciam não poder se isentar diante das necessidades das crianças e de suas famílias, desde uma determinada organização de suas rotinas de trabalho, da relação com outros serviços e instâncias de atenção à primeira infância e das políticas públicas que se direcionam à ela. Resulta da problematização que se empreende, o mapeamento de uma recorrência nas falas das professoras: a expressão bom senso. Aposta-se nessa expressão como um enunciado potente e, para tanto, considera-se algumas inscrições teóricas da expressão, para, então, traçar uma concepção particular e descrever e problematizar elementos constitutivos daquilo que se argumenta ser uma prática docente na Educação Infantil: a prática docente da professora sensata. Defende-se que o uso do bom senso é generificado e útil ao governo, na medida em que possibilita espaços de autoria docente que acabam por colocar em curso o governo da vida das populações que acessam a Educação Infantil, ao mesmo tempo, sugere-se que a docência sensata é potente para a produção de relações que acabam fissurando a captura total dos sujeitos que trabalham e acessam essas escolas de Educação Infantil. |