Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Sámili Wagner da |
Orientador(a): |
Oliveira, Jade de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276748
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Resumo: |
Hipercolesterolemia é uma disfunção metabólica caracterizada por níveis elevados de colesterol, associado à Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL), na corrente sanguínea. Essa condição afeta mais de 40% da população mundial e é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares. Nos últimos 30 anos, a hipercolesterolemia tem sido associada com o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, sendo observados danos a barreira hematoencefálica (BHE) e a presença de elementos periféricos no sistema nervoso central de indivíduos hipercolesterolêmicos. Frente ao aumento da permeabilidade da BHE, as células microgliais, responsáveis pela manutenção da homeostase cerebral, podem alterar sua atividade e morfologia, adequando sua resposta, de modo a proteger as demais células dos elementos extravasados da periferia. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar, in vitro, as alterações induzidas em resposta ao excesso de LDL em microglias. Para tanto, foi empregada a linhagem BV-2 de células microgliais murinas, as quais foram expostas ao LDL-colesterol nas concentrações de 50, 100 ou 300 μg/mL ou PBS (controle), por um período de 24 horas. Na sequência foram realizados os ensaios para avaliar viabilidade, densidade celular, acúmulo de gotas lipídicas, quantidade de lisossomos, alterações na autofagia, receptores envolvidos na endocitose da LDL e resposta inflamatória. As células BV-2 expostas à LDL, principalmente na maior concentração testada, apresentaram acúmulo de gotas lipídicas, o que foi associado a alterações no processo de digestão celular, sem que houvesse modulação da produção de citocinas pró-inflamatórias e geração de espécies reativas. Além disso, a exposição à LDL modificou a expressão gênica do receptor de LDL, mas não de receptores relacionados à captação de LDL oxidada ou mediadores inflamatórios. Em suma, as células BV-2 conseguem endocitar a LDL, porém, o excesso acaba por se acumular internamente na forma de gotas lipídicas, o que pode estar associado às alterações no processo de endocitose e no processo de autofagia, sendo um indício de disfunção celular in vitro. Indicando que células microgliais quando expostas a um excesso de LDL-colesterol podem apresentar um estado menos responsivo e funcional, o que estaria associado a um maior risco de desenvolvimento de doenças neurodegenerativas em pacientes hipercolesterolêmicos. |