Impacto da exposição do colesterol-LDL nos astrócitos : estudo in vitro e in vivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Baumart, Gabriela Joras
Orientador(a): Oliveira, Jade de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/267653
Resumo: Os astrócitos são as principais células de defesa antioxidante no encéfalo, protegem o sistema nervoso central por meio de resposta inflamatória controlada e atuam como fornecedores metabólicos para os neurônios. Em condições patológicas, como em doenças neurodegenerativas, essas células podem sofrer alterações morfológicas, funcionais e moleculares. Estudos têm demonstrado a relação entre hipercolesterolemia, principalmente, os níveis aumentados de colesterol presente na lipoproteína de baixa densidade (LDL) e alterações cerebrais como astrogliose hipocampal. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo a investigação dos efeitos do colesterol-LDL nos astrócitos com enfoque na análise de possíveis mudanças metabólicas, morfológicas e funcionais. Inicialmente, no estudo in vitro, as células da linhagem de glioma C6 de rato em alta passagem foram incubadas com colesterol-LDL humano (50 e 300 μg/mL) por 24h e 48h. Após a incubação, foram analisados parâmetros metabólicos, proliferativos, formação de gotículas lipídicas (LDs), produção de espécies reativas e defesas antioxidantes. Além disso, no modelo in vivo foi realizada a análise morfológica dos astrócitos no hipocampo de camundongos machos C57BL/6 selvagens e nocautes para o receptor de LDL (LDLr-/-) com 3 e 14 meses de idade. Na cultura de astrócitos, a exposição ao colesterol-LDL aumentou as LDs e diminuiu a expressão do receptor de LDL (LDLr) e da 3-hidroxi-3-metilglutaril-Coenzima A (HMG-CoA) redutase em ambos períodos de incubação. Além disso, o colesterol-LDL causou nos astrócitos diminuição da captação de ácidos graxos de cadeia longa (AGCL), produção de espécies reativas e atividade da superóxido dismutase em 24h e aumentou os níveis de CD36 em 48h. Ainda, a modulação da atividade metabólica nas células expostas ao LDL parece ser dependente da concentração e do tempo de incubação. Na região CA3 hipocampal, os camundongos LDLr-/- de 14 meses apresentaram um aumento no número de processos em comparação com os C57BL/6 selvagens de 3 meses. Propomos que modificações metabólicas e morfológicas nos astrócitos induzidas pelo colesterol-LDL podem contribuir para o desenvolvimento de neuropatologias.