Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Luca, Maria Fetzer |
Orientador(a): |
Stein, Marilia Raquel Albornoz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/237456
|
Resumo: |
O termo “estudos de gênero” apareceu no New Grove Dictionary of Music como um verbete pela primeira vez por volta dos anos 1970. Inicialmente com o intuito de recuperar a história das mulheres na música, os debates sobre música e gênero estão cada vez mais presentes nas ciências musicais. Em convergência com essa corrente, esta dissertação teve por objetivo investigar a construção das identidades sociais e artísticas e as práticas musicais das mulheres violonistas no Brasil entre as décadas de 1920 e 1960, problematizando as relações de gênero nas práticas violonísticas de mulheres musicistas brasileiras. Partindo de um referencial teórico-metodológico de base etnomusicológica, utilizaram-se como procedimentos a etnografia multissituada com mulheres violonistas que atuaram no século XX e a etnografia histórico-documental, analisando fontes impressas disponibilizadas pela Hemeroteca Digital Brasileira da Biblioteca Nacional e arquivos pessoais cedidos para consulta pelas violonistas interlocutoras deste trabalho. A pesquisa, realizada exclusivamente de modo virtual, acabou sendo uma oportunidade de conversar com violonistas que de outro modo não teria acesso facilmente. Este trabalho contou com a participação de quatro mulheres violonistas citadas nos três primeiros periódicos brasileiros voltados ao violão do século XX - O violão (1928-1929), A voz do violão (1931) e Violão e mestres (1964-1968) - ou que estão relacionadas proximamente a violonistas nesta situação: Ana Lia O. Braun, Cristina Tourinho, Maria Lívia São Marcos e Rita Moura Fortes. Apesar da historiografia da música ter sido delineada historicamente a partir de uma perspectiva eurocêntrica, colonial e patriarcal, através das análises, observou-se um grande número de violonistas mulheres serem citadas em revistas especializadas no instrumento no período delimitado - por articulistas homens, com raras exceções. Ao mesmo tempo que os periódicos davam visibilidade às mulheres, as formas como as violonistas são referidas foram interpretadas nessa pesquisa como reflexo e produtor de disparidade entre homens e mulheres, em diferentes campos do social. A análise etnomusicológica dos registros nos periódicos, realizada a partir dos diálogos com as violonistas supracitadas, buscou recuperar a história do protagonismo de mulheres na história do violão no Brasil, além de contribuir para a bibliografia violonística nacional. |