Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Severo, Rita Cristine Basso Soares |
Orientador(a): |
Garbin, Elisabete Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/94695
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Resumo: |
Esta tese tem como interesse central as práticas culturais juvenis em espaços e tempos escolares de duas escolas públicas em Porto Alegre. Tomando tais práticas como ponto de partida para pensar acerca dos sentidos da escola contemporânea e da constituição da identidade dos sujeitos-jovens-alunos contemporâneos. Conduzi minhas análises a partir da seguinte questão: Como as práticas juvenis, além de estarem reconfigurando os espaços e tempos escolares, podem estar produzindo a escola, os professores e os sujeitos-jovens-alunos contemporâneos? Desse modo, esta pesquisa tem como objetivo central analisar práticas juvenis que ocorrem nos espaços e tempos escolares problematizando as relações que se dão entre os sujeitos-jovens-alunos e os rituais instituídos pela escola. Inscrita no campo dos Estudos Culturais, busco articulações com o campo de estudos sobre Juventudes e o campo da antropologia, especificamente o da etnografia sob inspiração de autores como Geertz, Gottschalk e Clifford cujos trabalhos se situam na chamada corrente antropológica pós-moderna. Para tematizar sobre as juventudes, dialogo com as ideias dos autores Margulis e Urresti, Reguillo, Garbin, Canevacci, Pais, entre outros. Eles destacam que não existe um único jeito de ser jovem, e sim juventudes que variam de acordo com a classe social, o lugar onde vivem as gerações às quais pertencem e a diversidade cultural. Para tecer minhas considerações acerca da escola, me reporto aos estudos de Áries, Varela e Uria, Dubet, Narodovisky, Rocha, Veiga-Neto, Sacristán, Ramos do Ó, Xavier, Sibilia, entre outros. Assim, foi possível considerar, ao longo desta pesquisa, que as diferentes dimensões da condição juvenil são mediatizadas e embricadas pelas categorias de espaço e tempo. Os jovens tendem a transformar os espaços físicos em espaços sociais, pela produção de estruturas particulares de significados. Um exemplo percebido ao longo do estudo, foi o sentido que os jovens atribuem à escola. Para eles, a escola aparece como um lugar de interações afetivas e simbólicas, carregado de sentidos. Apontam a escola como um lugar privilegiado, o lugar da sociabilidade, ou, mesmo, o cenário para a expressão da cultura que elaboram, numa reinvenção dos espaços e tempos do recreio, dos corredores, do pátio e, até mesmo, das salas de aula. Desse modo, posso inferir que as tensões, negociações existentes entre os sujeitos que habitam a escola produzem outros significados de escola, de professor e de aluno na contemporaneidade. |