Culturas juvenis e práticas de letramento entre jovens da periferia de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Bibiana Cardoso da
Orientador(a): Simões, Luciene Juliano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/246468
Resumo: Esta pesquisa de doutorado tem como objetivo descrever e analisar as práticas de letramento (STREET, 1984) de um grupo de jovens da periferia de Porto Alegre, relacionando essas práticas a sua condição juvenil (DAYRELL, 2007). Para tanto, realizou-se uma pesquisa etnográfica de longa duração, tendo como principais dispositivos metodológicos a observação participante, a entrevista semiestruturada e a realização de grupos de discussão (WELLER, 2006) protagonizados pelos/as jovens. Essa pesquisa foi realizada em parceria com a Escola Estadual de Ensino Fundamental Celina Schmidt, na Zona Norte de Porto Alegre. A partir da análise dos dados gerados, foi possível identificar dois aspectos importantes na constituição da condição juvenil dos/as jovens participantes da pesquisa: (1) sua própria perspectiva com relação às juventudes, relacionada com sua condição juvenil e interseccionada com as questões de raça, classe social, gênero e territorialidade e (2) sua circulação por diferentes esferas de letramento, especialmente no ciberespaço, como um marcador fundamental na sua constituição como jovem. Nesse sentido, analisou-se os eventos de letramento dos quais os/as jovens participaram ao longo do período da pesquisa, identificando entre eles eventos de letramento juvenis, que aconteciam de maneira emergente tanto nos espaços institucionais como nos espaços intersticiais (DAYRELL, 2009) vivenciados pelos/as jovens. Nos espaços institucionais, esses eventos eram considerados eventos de letramento insurgentes, tanto pelos/as jovens quanto pelos/as professores/as que compartilhavam essas ocasiões com eles/as. A análise desses eventos de letramento insurgentes mostrou-se relevante para uma reflexão sobre o “aprender a transgredir” (hooks, 2017) com os/as jovens, transformando as nossas práticas pedagógicas em práticas mais democráticas e significativas para os/as jovens da periferia.