Conhecimento de profissionais de saúde sobre o manejo da dor e uso de opioides em pediatria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Freitas, Gabriel Rodrigues Martins de
Orientador(a): Heineck, Isabela
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/174534
Resumo: Introdução: A dor é o principal motivo de procura ao atendimento médico. Organizações internacionais de saúde indicam o alívio da dor como um direito humano básico. A literatura indica subutilização de opioides devido ao conhecimento insuficiente, o receio quanto ao potencial de adição, efeitos adversos e mitos persistentes sobre estes analgésicos por parte dos profissionais de saúde. Objetivo: Avaliar grau de conhecimento de profissionais de saúde no manejo da dor e no uso de opioides em três unidades pediátricas (Pediatria, UTI e Oncologia). Metodologia: Estudo transversal realizado em um hospital universitário do Sul do Brasil. Um questionário autoaplicável foi entregue para 182 profissionais (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos e auxiliares de enfermagem), entre dezembro de 2011 e março de 2012. Resultados: A taxa de retorno foi de 67% (122). O percentual médio de acertos foi de 63,2 ± 1,4%. Os erros mais frequentes foram: um opioide não deve ser utilizado sem se saber a causa da dor (47%; 54/115); pacientes desenvolvem depressão respiratória frequentemente (42,3%; 22/52) e confusão entre os sintomas da síndrome de abstinência, tolerância e dependência (81,9%; 95/116). Apenas 8,8% (10/114) relataram o uso de escalas de dor para reconhecer a dor em crianças. A barreira para o controle da dor mais citada foi a dificuldade de medir e localizar a dor em pacientes pediátricos. Finalmente, 50,8% (62/122) não receberam nenhum treinamento sobre dor. Conclusões: Foram identificados problemas nos processos de identificação, mensuração e tratamento da dor. Os resultados sugerem a necessidade de investimento na formação continuada dos profissionais e no desenvolvimento de protocolos que busquem aperfeiçoar a terapia analgésica, impedindo um aumento desnecessário do sofrimento da criança.