Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Mazzoleni, Felipe |
Orientador(a): |
Mazzoleni, Luiz Edmundo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/280839
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Resumo: |
Base teórica e Objetivos: Os eosinófilos duodenais têm sido implicados como um potencial fator etiológico da dispepsia funcional, e sua associação com Helicobacter pylori é pouco compreendida. Este estudo tem como objetivo avaliar a potencial associação dos eosinófilos nos vilos duodenais com sintomas dispépticos, e avaliar a influência do tratamento do H. pylori nos eosinófilos dos vilos duodenais. Métodos: Um total de 32 pacientes dispépticos funcionais, de acordo com os critérios de Roma III, H. pylori positivos, foram aleatoriamente distribuídos em 2 grupos de tratamento: 16 receberam tratamento para H. pylori com antibióticos e 16 receberam placebos. Os pacientes foram submetidos a duas endoscopias gastrointestinais superiores com biópsias gástricas e duodenais, uma basal e outra 12 meses após o tratamento. A positividade para o H. pylori foi avaliada com teste de urease e histologia gástrica (Hematoxilina-eosina e Giemsa). Amostras duodenais foram coradas com Hematoxilina-eosina, e a contagem de eosinófilos nas vilosidades duodenais foi realizada em um campo de grande aumento (Eos/CGA). Um questionário validado (PADYQ) foi utilizado para avaliar a intensidade dos sintoma dispépticos antes do tratamento e ao final do acompanhamento. A variação dos eosinófilos nos vilos duodenais, antes e 12 meses após o tratamento, foi comparada entre os dois grupos de tratamento para o H. pylori e entre pacientes com e sem melhora dos sintomas dispépticos. A contagem dos eosinófilos duodenais também foi avaliada com relação a variáveis demográficas. Resultados: Do total de pacientes, 87,5% eram do sexo feminino e a idade média foi de 44,75 anos. No final do acompanhamento, não houve diferença significativa na variação dos eosinófilos nos vilos duodenais entre os dois grupos de tratamento para o H. pylori [Antibióticos: -1,56 (± 1,66) Eos/CGA vs Placebo: 1,13 (± 1,45) Eos/CGA, p = 0,232]. Também não houve diferença na variação dos eosinófilos nas vilosidades duodenais entre pacientes com e sem melhora dos sintomas dispepticos [com melhora dos sintomas: -2,38 (± 1,86) Eos/CGA vs sem melhora dos sintomas: -0,61 (± 1,33) Eos/CGA, p = 0,417]. Análise de regressão linear multivariada observou tendência indicando associação entre idade avançada e níveis mais altos de eosinófilos nos vilos duodenais (p = 0,086). Conclusão: Os resultados deste estudo demonstraram que o tratamento para H. pylori não teve impacto significativo nos eosinófilos dos vilos duodenais. E, melhora dos sintomas dispépticos não se correlacionou com alterações dos eosinófilos nos vilos duodenais. |