Associação entre infecção por Helicobacter pylori, proteína C reativa e virulência bacteriana na dispepsia funcional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Andreolla, Huander Felipe
Orientador(a): Prolla, João Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/129668
Resumo: Introdução: Recentemente, vários estudos têm investigado e até mesmo sugerindo a bactéria Helicobacter pylori como um importante componente no desenvolvimento de eventos restritos ou não ao trato gastrintestinal. A relação já bastante elucidada acerca da relação entre os fatores bacterianos de virulência e o risco aumentado para úlcera péptica e adenocarcinoma gástrico parece não estar muito definida em se tratando de alterações em marcadores de inflamação aguda, como a proteína C reativa (PCR), em indivíduos infectados pelas cepas mais virulentas do microrganismo. Neste trabalho, nós avaliamos a presença de H. pylori, virulência bacteriana e níveis séricos de PCR em pacientes dispépticos funcionais. Materiais e métodos: Estudo transversal que incluiu 489 indivíduos saudáveis com diagnóstico de dispepsia funcional firmado através de critérios do Consenso de Roma III. Após avaliação clínica e endoscópica, os pacientes foram incluídos por não apresentarem qualquer causa orgânica que pudesse estar relacionada aos sintomas de dispepsia. A presença da bactéria foi diagnosticada através de análise histológica e teste rápido da urease dos fragmentos biopsiados. Os níveis séricos de PCR foram obtidos por imunonefelometria e o status para o fator de virulência CagA foi determinado através de ensaio comercial imunoenzimático. Resultados: A prevalência de H. pylori foi de 66,3% e a presença de anticorpos anti-CagA foi detectada em aproximadamente 43% das amostras positivas. Houve uma associação estatisticamente significativa entre o consumo de chimarrão e a presença da bactéria. Observou-se um efeito importante da infecção por H. pylori na inflamação local, estimada através da atividade inflamatória e grau de inflamação do epitélio gástrico. Não foi constatada resposta inflamatória sistêmica ao patógeno através da dosagem de PCR, independente do status de virulência bacteriana. Conclusão: Na população de indivíduos disépticos funcionais avaliada, a bactéria parece não desencadear qualquer resposta inflamatória sistêmica, estando a virulência bacteriana associada a um maior grau e atividade inflamatória do epitélio gástrico.