Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Mellanie Fontes Dutra da |
Orientador(a): |
Gottfried, Carmem Juracy Silveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/201567
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Resumo: |
O transtorno do espectro autista é uma desordem do neurodesen- volvimento caracterizada por prejuízos de interação e comunicação social, bem como comportamentos repetitivos e/ou estereotipados. Apesar da crescente prevalência, a etiologia permanece desconhecida, embora se saiba que existam interações entre fatores genéticos e ambientais. O modelo animal de autismo por exposição pré-natal ao ácido valproico (VPA) é consolidado por sua transla- cionalidade em relação aos indivíduos com TEA. Em todos os capítulos de dados, utilizou-se o modelo animal por injeção intraperitoneal de VPA (600 mg/kg) no dia embrionário (E) E12,5 nas ratas Wistar prenhes e avaliou-se o efeito de um tratamento pré-natal com resveratrol (RSV), através de injeções subcutâneas (3,6 mg/Kg) administradas nas ratas prenhes nos dias E6,5-E18,5. O RSV, por ser um polifenol com características anti-inflamatórias e neuro- protetoras, surge como uma importante ferramente para estudo de vias biológicas envolvidas na fisiopatologia desse transtorno. No presente trabalho, avaliamos: questões relativas a alterações sensoriais em diferentes idades, bem como aspectos histológicos e eletrofisiológicos possivelmente envolvidos nos comportamentos alterados; prejuízos em diferentes parâmentros relacionados ao comportamento do tipo empático; e, por fim, revisão da literatura em forma de capítulo de livro sobre possíveis mecanismos neuroimunes desencadeados por ativação imune materna, os quais trazem pistas importantes sobre a fisiopatologia do TEA. Nesse contexto, foi possível observar: I) alterações em comportamentos sensoriais olfatórios e táteis nas idades pós-natais (P) 10 e P30, respectivamente; alteração na disposição de neurônios parvalbumina- positivos (PV+) nas camadas da área somatossensorial primária (ASSp); redução na proporção de PV+ na amígdala; redução na expressão da gefirina na ASSp; II) alterações em componentes associados ao comportamento do tipo empático como visto pelo atraso no dia de abertura e redução na porcentagem da abertura do aparato nos dias iniciais de teste; III) alterações in vitro em correntes inibitórias pós sinápticas espontâneas (redução na frequência e tempo de decaimento), além da presença in vivo de períodos de descargas de ondas lentas durante o ciclo de vigília em 40% dos animais VPA. Nesse contexto, o resveratrol foi capaz de estabelecer prevenção na maioria das alterações (exceto no imunoconteúdo de gefirina e no comportamento do tipo empático), demonstrando que a restauração da organização de componentes inibitórios, como os interneurônios PV+, possivelmente proporciona a norma-lização do componente eletrofisiólogico que, por fim, restabelece o prejuízo sensorial. No caso dos parâmetros comportamentais associados à empatia, possivelmente outros substratos neurais, além dos sensoriais primários, estejam envolvidos (tais como mecanismos de tomada de decisão, processamento cognitivo e integração em regiões associativas), os quais possivelmente não são substratos da prevenção demonstrada pelo RSV. Finalmente, considerando as características intrínsecas do RSV (anti-inflamatória e neuroprotetora) e que esse tratamento preveniu diversos parâmetros analisados, hipotetiza-se que o VPA deixe sua impressão na prole por meio de mecanismos neuroimunes. |