Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Mellanie Fontes Dutra da |
Orientador(a): |
Gottfried, Carmem Juracy Silveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/129747
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Resumo: |
O transtorno do espectro do autismo (TEA) é classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento, apresentando prejuízos na comunicação social e manifestações de comportamentos, interesses e atividades repetitivos e restritos. Apesar de a etiologia do TEA permanecer desconhecida, evidências crescentes sugerem que esse transtorno é causado por uma complexa interação de fatores genéticos e fatores ambientais durante o período embrionário. Diversas alterações estão relacionadas com o TEA, como por exemplo, alterações em multidomínios sensoriais e, estudos recentes têm apontado que o desbalanço excitatório-inibitório, em que há um predomínio da excitação, em regiões corticais, como aquelas envolvidas no processamento sensorial podem contribuir para essas alterações. A exposição ao ácido valproico (VPA) é um fator ambiental de risco importante para o surgimento do TEA e é a molécula utilizada pelo nosso grupo de pesquisa para induzir características do tipo autista em murinos. Dados recentes do nosso grupo mostram que o tratamento subcrônico com resveratrol (RSV) na rata prenhe é capaz de prevenir alterações sociais do tipo autista em roedores pré-natalmente expostos ao VPA. O presente trabalho avaliou a influência da interação entre o RSV e do VPA no comportamento de busca pelo ninho em ratos com 10 dias de vida e no nível de expressão gênica relativa de proteínas envolvidas em sinapses (Sinaptofisina) excitatórias (PSD95) e inibitórias (Gefirina) na região da amígdala em ratos com 30 dias de vida. Nossos dados apontam um prejuízo na porcentagem de acertos ao ninho, bem como na latência para alcançar o ninho ou a mínima latência para ir para uma das maravalhas disponíveis no grupo VPA, corroborando dados na literatura. No entanto, pela primeira vez, o presente trabalho mostra que o RSV foi capaz de prevenir o prejuízo na porcentagem de acertos ao ninho no grupo RSV+VPA. Ainda, o presente trabalho mostra alterações estatisticamente significativas na expressão gênica de moléculas envolvidas em sinapses excitatórias-inibitórias na região da amígdala, uma importante região envolvida no autismo e no estabelecimento do vínculo mãe-filhote no início da vida. Esses dados mostram resultados originais apontando o resveratrol como uma ferramenta promissora na prevenção de alterações sensoriais no modelo animal de autismo, bem como na busca de mecanismos e alvos etiológicos e fisiopatológicos no estudo do TEA. |