Efeitos preventivos do resveratrol sobre prejuízos perinatais no modelo animal de autismo induzido pelo ácido valproico

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Schwingel, Gustavo Brum
• Orientador(a): Gottfried, Carmem Juracy Silveira
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Resveratrol; Modelos animais; Ácido valpróico; Transtorno do espectro autista; Gravidez
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/279193

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma desordem do neurodesenvolvimento caracterizada por déficits na interação social e comportamentos repetitivos/estereotipados. O modelo animal de TEA induzido pelo ácido valproico (VPA) é uma ferramenta consolidada e amplamente usada para investigar aspectos celulares, moleculares e comportamentais relacionados à essa condição. O trans- Resveratrol (RSV), um polifenol com efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes estudado em várias doenças, recentemente demonstrou a capacidade de prevenir déficits celulares, moleculares, sensoriais e sociais no modelo VPA. Neste estudo, examinamos os efeitos da exposição pré-natal ao VPA e os potenciais efeitos preventivos do RSV na prole. Monitoramos o peso gestacional em ratas prenhes do dia embrionário 6,5 até o dia 18,5 e avaliamos marcos de desenvolvimento e parâmetros morfométricos nas ninhadas. Utilizamos Equações Estimativas Generalizadas (GEE) para analisar dados longitudinais. A exposição ao VPA durante a gravidez resultou em prejuízo no ganho de peso nos dias embrionários 13,5 a 18,5, seguido por menor número de animais por ninhada. Além disso, descobrimos uma correlação positiva entre a variação de peso durante E15,5-E18,5 e o número de filhotes no grupo VPA. A exposição ao VPA resultou em alterações observadas no comprimento e atrasos no surgimento de marcos de desenvolvimento. Curiosamente, o tratamento pré-natal com RSV não apenas preveniu a maioria desses atrasos, mas também antecipou alguns marcos e melhorou as características morfométricas na prole. Por fim, indicamos a via gabaérgica excitatória embrionária como um possível alvo para os efeitos do VPA no gatilho do TEA. Em resumo, nossas descobertas sugerem que o RSV tem potencial para intervenção terapêutica durante a gestação, destacando sua importância em futuros estudos sobre transtornos do neurodesenvolvimento.