Eisenman e Reich : relações operativas e processuais entre duas obras da década de 60

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Costa, Felipe Ferla da
Orientador(a): Recena, Maria Paula Piazza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/226196
Resumo: Esta dissertação compara as operações formais empregadas pelo arquiteto norte-americano Peter Eisenman com conceitos estipulados pelo compositor norte-americano Steve Reich. Tal comparação diz respeito à obra House II (1969-1970), de Eisenman, e aos conceitos elaborados no texto Music as a Gradual Process (1968), de Reich, com atenção especial à operação empregada por Reich conhecida como defasagem, usada particularmente em sua obra Piano Phase (1967). Tanto Eisenman na arquitetura quanto Reich na música empregam, em obras feitas nas décadas de 1960 e 1970, não apenas o conhecimento que constitui a teoria e a prática de suas respectivas disciplinas, mas também influências de artistas visuais chamados minimalistas, que emergiam na cena artística de Nova Iorque no mesmo período. São eles, especialmente, Robert Morris, Richard Serra e Sol LeWitt. Eisenman e Reich procuraram elaborar obras, arquitetônicas ou musicais, nas quais o resultado final e as operações para sua realização coincidem: processo e trabalho se tornam um único objeto. A metodologia adotada para realizar a aproximação que esta dissertação propõe inclui a produção de diagramas e imagens que aproximam o desenvolvimento de House II, de Eisenman, e a obra Piano Phase, de Reich. Essa aproximação, além de explicar as operações utilizadas por ambos, instaura um campo comum que permite comparar as duas abordagens ao ressaltar semelhanças, divergências e operações em comum, geradoras das obras em questão. O objetivo desta dissertação não é apenas explicitar as correspondências e discrepâncias entre obras originadas em diferentes disciplinas (arquitetura e música), que compartilham como conceito principal a noção de processo como elemento que delimita forma e conteúdo, mas ressaltar novas possibilidades interpretativas com base nessa aproximação.