Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Izar, Gabriela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16136/tde-05092015-111523/
|
Resumo: |
Essa pesquisa objetiva examinar o papel do diagrama nas casas seriadas do arquiteto americano Peter Eisenman e evidenciar a base formal de seu trabalho de projeto. Trabalha-se com a hipótese de que seus diagramas são a priori, isto é, antecedem as questões de programa, e que seu trabalho diagramático forja um contexto que faz das obras os objetos de uma rede de relações de formas e de significados. A partir do início dos anos sessenta, o diagrama passa a ser a chave de seu projeto teórico, que tem como problema de fundo o mito de uma arquitetura autônoma, formulada na fronteira entre as disciplinas da semiótica, da fenomenologia, da cognição e da filosofia. Nessa fronteira, o diagrama participa operativamente da ideia de uma arquitetura conceitual que não se afirma simplesmente pela presença do edifício, mas fundamentalmente por relações lógicas que constituem a base da abordagem formalista da arquitetura. Em princípio, a tese apresenta os diferentes significados que o diagrama assume nas várias áreas do conhecimento e procura destacar a contribuição de Eisenman na investigação sobre o papel operativo do conceito no projeto arquitetônico. Segue-se a esse tópico a contextualização da agenda teórica de Eisenman a partir de sua inserção no ambiente cultural inglês, quando ele assimila o recorte analítico de seu mentor, Colin Rowe, para formular a sua primeira crítica ao funcionalismo. Como contraponto à ideia de que Eisenman aborda os diagramas como um a priori formal, examina-se os conceitos de diagrama e de forma na tese de doutorado de Christopher Alexander, texto em que ele defende uma visão mecanicista do diagrama como solução extensiva do projeto. A partir desses contextos, desenvolve-se um exame do papel dos diagramas nas leituras do precedente histórico que Eisenman empreende em análises formais de obras modernistas e de obras do arquiteto italiano Giuseppe Terragni. Tomando-se como premissa que seu trabalho analítico começa já na construção dos textos críticos, evidencia-se as bases formais dos diagramas do texto de Eisenman e a transposição dessas bases para o conjunto de estudos de casas que ele reúne como uma série de objetos numerados, de 1 a 11 A. A partir do levantamento e da classificação de um grande volume de registros gráficos e de escritos sobre essas obras, descrevem-se as referências e as articulações dos diagramas que constituem a pré-história do experimento de projeto de Peter Eisenman. Como conclusão, retorna-se aos textos do autor, escritos durante e após os projetos das casas, para se apontar a opção de Eisenman por fundamentar seu discurso com conceitos da linguística e da filosofia, em detrimento de uma explicitação do diagrama como sua chave formal e conceitual, para ler e para construir a arquitetura. A partir da constatação de que o diagrama de Eisenman é um dispositivo de linguagem que lhe permite discutir as regras da representação e as convenções do discurso sobre a forma de dentro do exercício de projeto, considera-se que seu trabalho diagramático coloca a perspectiva de um modo de conhecimento autônomo, fundado na racionalidade formal. |