Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Martins, Fernanda Goulart |
Orientador(a): |
Paulon, Simone Mainieri |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213053
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Resumo: |
Este trabalho debruça-se sobre os processos de pesquisa e seus engendramentos com a cidade, tomando a experiência de pesquisar como processo de composição. Baseado na perspectiva das filosofias da diferença, propõe-se a discutir a produção do tecido urbano como imanente à produção de conhecimento, à regulamentação da vida na cidade e aos modos de vida que nela convivem. Para isso, opera a partir da problematização de paradoxos, construindo narrativas ficcionais que cartografam o encontro de pesquisadoras(es) com a cidade, perscrutando os movimentos de territorializações, desterritorializações e reterritorializações que resultam nos processos de escrita e de pesquisa. Acompanhar os encontros com o pesquisar e as correlações possíveis que se constituem em seus eixos de saberes, poderes e subjetivações conduz, então, à operação da acontecimentalização como método e à tomada do objeto de pesquisa como uma produção contingencial. A estratégia benjaminiana de escrita como montagem é uma das ferramentas metodológicas adotadas, engendrada com a escrita ficcional, em formato de contos, com a leitura e escrita de diários de campo e oficinas com as pesquisadoras da cidade. Nesse engendramento, produz-se uma estética argumentativa que convoca as pesquisadoras a tomar certa posição que permita exibir em vez de demonstrar, e mostrar em vez de deduzir ou discursar. Abrem-se, assim, mais possibilidades para narrar texturas, deslizes na superfície, sons, cheiros que interrompem ou inspiram fluxos e regem modos de olhar, na atenção predominante aos afetos que irrompem do encontro de pesquisadoras com a cidade e do pulsar da cidade nas pesquisadoras. A própria escrita, nesse processo, torna-se campo de composição, que se afirma na produção de encontros, nas interrupções, capturas e desvios e na sustentação de paradoxos. O ato de pesquisar é considerado, assim, experiência potencialmente transformadora, que abre possibilidades para a invenção de si e de mundos, e instaura novas realidades. |