Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Alves, Cristiane da Silva |
Orientador(a): |
Sanseverino, Antônio Marcos Vieira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/148946
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Resumo: |
Esta pesquisa busca examinar a presença de protagonistas-narradores em idade avançada e sua atuação nas narrativas ficcionais brasileiras publicadas na primeira década do século XXI. O objetivo é investigar a narrativa ficcional brasileira contemporânea que dá voz ao velho, permitindo que atue como sujeito e narrador da história, revelando a sua trajetória, o seu envelhecimento e o seu olhar sobre a sociedade. Para tanto, toma-se como corpus principal os livros Heranças, de Silviano Santiago, Leite Derramado, de Chico Buarque, Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum e O arroz de Palma, de Francisco Azevedo, cujo mote é uma espécie de autobiografia da personagem ficcional que, velha e experiente, faz um balanço da própria vida, apresentando ao leitor a sua história, ao mesmo tempo em que permite entrever certas passagens da história nacional. Pretende-se verificar as semelhanças, aproximações e diferenças que tais obras guardam entre si, bem como a possível relação com outras narrativas. Também será examinado o romance Milamor, de Livia Garcia-Roza que, diferente dos demais, traz uma personagem-narradora feminina, em vias de tornar-se idosa. A partir da análise do corpus, intenta-se averiguar em que medida a voz dos velhos está presente, bem como as questões relacionadas à velhice e/ou ao envelhecimento, ao lado de temas e fatos concernentes ao percurso histórico do país e a inserção (ou exclusão) dos velhos no cenário atual. Apesar do crescimento demográfico de indivíduos velhos no Brasil e em outras partes do mundo, sua voz não se faz ouvir de modo satisfatório; impera ainda o silenciamento das e sobre as pessoas velhas. A presença de diferentes obras trazendo à tona narradores velhos, todavia, acena como um indício de novas perspectivas no que se refere à compreensão e representação do envelhecimento e da velhice. |