Mitos e memória em "Órfãos do Eldorado", de Milton Hatoum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gonçalves, Amanda Andozia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152862
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo o estudo da obra Órfãos do Eldorado (2008), de Milton Hatoum, com foco na relação entre mito e memória na obra. O autor é um escritor que possui um estilo de escrita moderna, mas que se aproxima do estilo clássico de outros romancistas, cujo trabalho, para alguns pesquisadores, é expresso mediante o olhar de seus personagens cheios de histórias e subjetividades. Por meio da memória, por exemplo, cada narrativa do autor se transforma, explorando a riqueza e beleza da região amazônica e revelando uma mistura de culturas entre povos estrangeiros, como árabes e judeus, que proporcionam ao leitor a sensibilização e o contato com grandes obras. Além disso, o diálogo entre os mitos e o cotidiano e entre a oralidade e a escritura revela que a busca pelo Eldorado se reconfigura na eterna busca humana pela legitimação de seus desejos e sonhos, sonhos estes voltados à transcendência da realidade comum para alcançar o paraíso perdido. O objetivo desta pesquisa, portanto, é o de analisar o modo como se configura a relação entre mito e memória na obra e como a composição do narrador é essencial na composição do romance. A análise se fundamenta em estudos de Benjamin (1987), Santiago (1989), Paul Ricoeur (2007), Jacques Le Goff (2013), Zygmunt Bauman (2005), Mircea Eliade (2002) e Eleazar Meletinski (1987).