Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Daubermann, Naíra Corrêa |
Orientador(a): |
Stephanou, Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/210234
|
Resumo: |
Esta dissertação apresenta as práticas de escrita ordinárias realizadas por cinco mulheres negras ou quilombolas, da capital e interior do estado do Rio Grande do Sul, nascidas entre as décadas de 1940 e 1970. A partir de seus manuscritos, problematizo os conceitos de escrita de si e práticas de escrita ordinárias. Para tanto, esta pesquisa filia-se no campo da História Cultural e História da Cultura escrita, relacionando-se também com a História da Educação. Como aporte teórico, inspira-se especialmente em Roger Chartier, Antonio Castillo Gómez e Philippe Lejeune. O processo de pesquisa convidou-me a pensar nas reminiscências da memória, que de forma não controlada, podem vir à tona quando se pergunta sobre o passado. Das reminiscências de lembrança, com as quais produzimos nossas identidades, participam também silêncios e esquecimentos. Assim, a empiria é composta por materialidades e gêneros textuais diversificados, realizados no período de 1970 a 2019. Escrevem em busca de uma escuta? Um pedido de ajuda? Um desejo de lembrança para o futuro? Uma função social? A análise aqui realizada permite dizer as especificidades de sua produção material guardam relações com o grupo social de pertencimento, o grau de escolaridade e a relação pessoal com as práticas de leitura e escrita. Não se pode dizer que representam todas as práticas de escrita realizadas pelas mulheres da pesquisa ao longo de suas vidas. Mas o corpus empírico convida a refletir sobre o desejo de narrar-se, o gesto de produção, os significados de guardar... a produção de uma memória do cotidiano. |