Entre nós, mulheres em travessias: escrita de si e autoeducação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: AMORIM, Sofia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1482
Resumo: Essa pesquisa busca compreender como ocorre o processo de subjetivação das mulheres através da escrita. Tal objetivo desdobra-se em quatro objetivos específicos: 1) investigar a história da escrita das mulheres para mapear quando e como começaram a publicar, relacionando à situação contemporânea, tendo como apoio as autoras Michelle Perrot, Silvia Federici, Norma Telles, Nelly Coelho, Luiza Lobo, Regina Dalcastagnè, entre outras; 2) analisar o conceito de escrita de si, com base nos estudos da Ética de Foucault, em uma compreensão do processo de subjetivação das mulheres através da escrita, trazendo autoras como Margareth Rago, Margaret McLaren e Diana Klinger, as quais dialogam com Foucault na discussão acerca de escrita de si e escrita das mulheres; 3) investigar a possibilidade da escrita como uma ferramenta de autoeducação, a partir de Rudolf Steiner, criando uma ponte com pesquisadoras contemporâneas, entre elas bell hooks e Audre Lorde; e 4) realizar um levantamento empírico, em uma pesquisa qualitativa, na qual se possa acompanhar o processo pelo qual dez (10) mulheres, que participaram do curso de escrita Travessias Textuais, passam em sua relação com a escrita de si. Para tal levantamento empírico, utilizou-se das rodas de conversa, metodologia proposta por Cecília Warschauer; de entrevistas individuais semiestruturadas; e com a produção escrita tanto das participantes quanto da pesquisadora através de diários, textos individuais e coletivos. A análise dos dados produzidos se dá no viés da Cartografia, proposta por Gilles Deleuze e Felix Guattari. Essa pesquisa divide-se em três cadernos, sendo o primeiro teórico, com linguagem formal; o segundo apresenta as participantes e a pesquisadora com uma linguagem poética; e o terceiro caderno traz as análises feitas a partir do levantamento empírico em diálogo com a teoria apresentada, utilizando-se da cartografia e mesclando a linguagem formal à linguagem poética. A partir das análises, destaca-se a ideia da escrita com um território de liberdade, no qual cada mulher é capaz de compor seu próprio território, mas sendo, ao mesmo tempo, nas trocas com outras mulheres que o fortalecimento acontece. Desidealizar, enfrentar, afirmar, trocar, autorizar-se passam a ser termos fundamentais para a criação desse território, no qual não somente se é livre para escrever, mas, principalmente, como mulheres, constituir a si mesma.