Mulheres do ler: a emancipação de mulheres negras mediada pela leitura e pela escrita

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Oliveira, Neuza Maria Sant' Anna de
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Coletivo Mulheres do Ler; Mulheres negras; Interseccionalidade; Escrevivência; Mulher negra; Leitura; Escrita; Black women; Intersectionality; Collective; Writing
• Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32387

A tese intitulada: “MULHERES DO LER – a emancipação de MULHERES NEGRAS mediada pela leitura e pela escrita.”. Objetiva analisar o processo formativo do coletivo de mulheres negras da Baixada Fluminense - Mulheres do Ler. O coletivo mulheres do ler visa com suas práticas de leitura e escrita construir um processo de empoderamento na periferia fluminense. O referencial teórico desta pesquisa é prioritariamente de/com mulheres negras como nossas principais interlocutoras, assim, elegemos para dialogar: González, Collins, Gomes, Silva, Evaristo, hooks entre outros. O instrumento metodológico escolhido para esta pesquisa consiste na observação e na entrevista compreensiva, estratégia construída por Kaufman (2013). O trabalho é divido em quatro partes, na primeira parte, intitulado “Lélia González e Patrícia Hill Collins - referencial teórico e metodológico”, é realizado pequeno estudo da arte, no banco de teses e dissertação da CAPES, com recorte do período de 2019 a 2022, apresentamos as ideias de González que são importantes para esta pesquisa e, logo depois, apresentamos o pensamento de Collins, construído uma relação entre as duas e, a partir daí, apresentamos a proposta metodológica da pesquisa, inspirada no estudo de Kaufmann sobre entrevista compreensiva e a importância da observação nesse processo. Na segunda parte, intitulada “Movimento negro e movimento acadêmico: encontros e divergências”, buscamos apresentar um breve percurso histórico do movimento negro, os avanços que esse conquistou nos últimos anos. Também, apresentamos o movimento de mulheres e os avanços conquistados por essas, finalizamos discutindo as divergências e as convergências entre os movimentos negros e o que chamamos de movimentos acadêmicos. A terceira parte, “Por uma pedagogia emancipatória: futuros possíveis”, no qual diálogos entre Freire, hooks e Gomes são traçados a fim de pensar uma prática pedagógica libertadora. Freire foi o teórico que embasou os estudos de hooks e Gomes. Hooks com sua pedagogia transgressora e Gomes com a prática emancipatória dos movimentos negros, tratados no plural, uma vez que Gomes afirma não existe um único movimento negro e sim vários, entre esses vários movimentos negros, está o Coletivo Mulheres do Ler, com sua prática libertadora, transgressora e emancipatória. Finalizamos a tese com a quarta parte intitulado “Mulheres do Ler”, no qual apresentamos como a pesquisadora chegou ao Coletivo Mulheres do Ler, além de narrar sua história, apresentamos os três primeiros livros, em seguida, o processo formativo que levou à organização do último livro, com o título de “As faces de Lélia González em mim”, a escolha por falar do processo de construção do último livro, tem a ver com o fato de ter acompanho todo o seu processo construtivo.